Montijo festejou 30 anos de elevação a cidade

"Uma cidade preparada para novos voos e novos investimentos" 
A povoação nasceu, perdida no tempo, como Aldeia Galega do Ribatejo. Em 1930 passa a ser Montijo, uma vila cheia de sonhos e de projectos. A 14 de Agosto de 1985, a vila passa a cidade por decreto da Assembleia da República. Foi os 30 anos de elevação a cidade que agora se festejou. “Montijo tornou-se uma cidade cosmopolita que soube preservar e conciliar um rico património histórico e cultural com as exigências dos tempos modernos. Uma cidade que soube responder com orgulho, entusiamo e criatividade aos desafios. Uma cidade preparada para novos voos e novos investimentos”. As palavras são do presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, durante as comemorações deste dia especial, no Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida. Ana Moura fechou os "festejos" com um grande concerto. A autarquia vai continuar a celebrar o 30.º aniversário da cidade e o 10.º aniversário da reabertura do Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida com um conjunto de atividades culturais até ao próximo dia 22 de Agosto.
Ana Moura foi a convidada  dos festejos de elevação a cidade


“É com orgulho e admiração que olhamos para a obra levada a cabo no Montijo com vista a uma maior humanização dos espaços públicos, à coesão social, à preservação do património e proteção do ambiente, à afirmação da cultura e à melhoria constante da vida dos seus habitantes”, disse o presidente da Câmara do Montijo durante o discurso oficial.
Nuno Canta relembrou, também, o 10.º aniversário da reabertura do Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida: “uma casa de cultura insubstituível. Um equipamento da maior importância para a cidade, com inúmeras valências culturais e com grande relevo patrimonial”, afirmou o autarca.
Montijo é uma cidade que vive e convive à luz mansa dos afectos. É uma localidade que segue, com olhos de ternura, o navegar calmo dos varinos e dos catraios pelo Tejo. É lugar de encontros e a capital da flor, da cortiça, do porco e da malaposta. Lugar de encanto e de surpresa em cada recanto.
Tudo no Montijo tem história e tem memória. Ainda que haja a história ou a memória dos instantes de paixão ou de reencontro, de sedução e de fascínio, de namoro e de ternura.
Aqui se cruzam gentes de muitas paragens, destinos e rotas. Aqui se misturam memórias de décadas de grandeza e decadência. Aqui se ouve, no crepúsculo, dos dias, a voz sussurrada dos poetas populares que fizeram destas ruas, desta cidade... musa, amante, confidente ou navio de partida e retorno.
A antiguidade dos seus monumentos, a traça arquitectónica das fachadas de alguns edifícios e a dignidade das suas portas e varandas, integram-se nesta cidade ribeirinha do Tejo que viu, nos anos 90 do século passado, nascer a maior ponte da Europa. 17 quilómetros que liga Montijo a Lisboa e que tudo mudou. Mudou tanto que hoje, o Montijo é a cidade portuguesa que mais atraí novos moradores.

Ana Moura "encantou" Montijo 
Após o discurso oficial, Ana Moura subiu ao palco do Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida. Um espetáculo de grande qualidade, onde a fadista apresentou o seu álbum Desfado, revisitou alguns dos seus maiores êxitos e deslumbrou o público que esgotou a sala.
As comemorações do 30.º Aniversário da Cidade do Montijo contaram, ainda, no dia 14 de Agosto, com a inauguração da exposição Desenhos da Terra, do Mar e do Ar, de Fernanda Fragateiro, que está patente na Galeria Municipal do Montijo até 30 de Outubro.
Recorde-se, que a 14 de Agosto de 1985 a vila de Montijo foi elevada à categoria de cidade devido ao seu desenvolvimento notável e a uma importante ascensão económica.
A Câmara Municipal do Montijo vai continuar a celebrar o 30.º aniversário da cidade e o 10.º aniversário da reabertura do Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida com um conjunto de atividades culturais até ao próximo dia 22 de Agosto.

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