Cinco candidatos para estudo do terminal do Barreiro

"É um projecto que só avança se houver interesse de privados" 

Existem cinco candidatos à realização do estudo prévio e do estudo de impacto ambiental do futuro terminal de contentores, previsto para o Barreiro. Segundo informou hoje, a Administração do Porto de Lisboa, após ter encerrado, a 18 de Agosto, o prazo para entrega das propostas, foram recebidas cinco candidaturas. O conjunto dos estudos para a localização do novo terminal de contentores do porto de Lisboa deverá ter um custo agregado de cerca de 6,6 milhões de euros, dos quais 50 por cento deverão ser comparticipados por fundos comunitários.
Estudo prévio sobre o futuro terminal de contentores vai avançar 

"As propostas foram apresentadas por consórcios de empresas de engenharia e de ambiente, englobando os maiores especialistas nacionais e europeus, e vão ser analisadas por um júri composto por equipas técnicas da Administração do Porto de Lisboa (APL) e de entidades e personalidades de reconhecido mérito, entre as quais o Laboratório Nacional de Engenharia Civil", sublinha um comunicado da APL. No entanto, não foi possível obter junto da APL a identidade destes cinco candidatos.
A decisão sobre o candidato vencedor deste concurso internacional deverá ser conhecida no próximo mês de Setembro.
Marina Ferreira, presidente da Administração do Porto de Lisboa, considera que este "é um projecto que só avança se houver interesse de privados, porque não supõe investimento público".
No entender da responsável pelo Porto de Lisboa, "este projecto não é do porto de Lisboa, não é da Câmara  do Barreiro, não é da Baía do Tejo, é um projecto do País", defende Marina Ferreira.
“Queremos que este terminal seja mais que um simples terminal, queremos que seja uma plataforma logística, portuária e tecnológica. Esta plataforma pode ser uma âncora para o projeto de revitalização das antigas áreas industriais da margem sul”, defendeu Carlos Humberto, presidente da Câmara do Barreiro.
Sobre a candidatura para efetuar os estudos, o autarca explicou que é uma maneira de conseguir os “estudos de uma forma mais barata”. De acordo com Carlos Humberto, “a convicção que temos é que os estudos não vão por em causa o projeto, mas sim dizer quais são as melhores soluções e opções para o concretizar”, disse  o chefe do executivo municipal.

Investimento pode criar 800 postos de trabalho 
Jacinto Pereira, presidente da Baía do Tejo, enalteceu a recuperação que tem sido feita no parque empresarial e explicou que o terminal tem gerado interesse pelo território. “Conseguimos inverter o ciclo negativo entre entradas e saídas de empresas do parque e os sinais é que essa tendência está definitivamente invertida. Desde que se começou a falar na possibilidade Barreiro para receber o novo terminal que as consulta, de empresas nacionais e internacionais, cresceram exponencialmente”, sublinhou o líder da Baía do Tejo.
Marina Ferreira, presidente da Administração do Porto de Lisboa,  afirmou que a região merece ser olhada de outra forma. “Temos sido preteridos por ser o porto da capital, por isso é mais difícil tomar decisões, mas Lisboa merece ser olhada e debatida, para ter uma solução agregadora de desenvolvimento. É importante para a economia da região ter um porto competitivo e atrativo”, defendeu.
“Estamos a realizar o estudo mas pelos dados que temos sabemos que um terminal para um milhão de Teus gera, em média, 600 a 800 postos de trabalho diretos. Queremos que a área da Baía do Tejo, local que está a ser estudado para receber o terminal, seja dedicada às tecnologias, às empresas exportadores e associadas à logística”, concluiu Marina Ferreira.
O conjunto dos estudos para a localização do novo terminal de contentores do porto de Lisboa deverá ter um custo agregado de cerca de 6,6 milhões de euros, dos quais 50 por cento deverão ser comparticipados por fundos comunitários.





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