O Património Moageiro foi o mote que reuniu responsáveis da Câmara do Barreiro e vários cidadãos motivados pelo interesse nestes ícones do concelho, num local, também ele, simbólico do Barreiro: Moinho do Jim. A autarquia está a iniciar o processo de classificação do Património Moageiro do Barreiro como Conjunto de Interesse Municipal – poucos dias após a aprovação, em sessão pública, da aquisição do Moinho Grande de Alburrica, a caldeira onde este se insere e outras parcelas de terreno na zona. Além desta aquisição agora aprovada, a autarquia já é proprietária dos três moinhos de vento e um de maré. Nesta altura, está em curso, numa primeira fase, a classificação dos moinhos de Vento de Alburrica (Nascente, Poente e Gigante) e do Moinho de Maré Pequeno.
Autarcas reuniram com população para falar do património moageiro |
Com esta sessão, deu-se início ao período de discussão pública, que, conforme sublinhou Regina Janeiro, vereadora responsável pelo Departamento de Desenvolvimento Sociocultural, visa a sua preservação. Este, contudo, “não terminará em trinta dias”; antes, “será um percurso longo”.
“E agora”, “o que queremos destes edifícios?”, perguntou a vereadora. Pretendia-se, conforme referiu, uma conversa informal – que acabou por acontecer –, “ouvir aqueles que, de alguma forma, publicamente se têm vindo a manifestar sempre preocupados com estas questões do património”.
De acordo com o presidente da Câmara do Barreiro, a autarquia tem como objetivo último “a classificação integral” do Património Moageiro do Concelho.
De acordo com o presidente da Câmara do Barreiro, a autarquia tem como objetivo último “a classificação integral” do Património Moageiro do Concelho.
Carlos Humberto deu conta que a autarquia integrou, numa candidatura da Área Metropolitana de Lisboa (AML), financiada a 50 por cento a fundo perdido (inserida no Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial da AML 2014/2020), duas intervenções de recuperação do Moinho de Maré Pequeno e nos de vento. As “pré-candidaturas”, como frisou, aguardam a formalização, que, a suceder, desencadeará as candidaturas específicas.
No curto, médio prazo, avançou Carlos Humberto, “é nossa intenção, no que diz respeito ao Património Moageiro, recuperar o Moinho Pequeno e zona limítrofe, recuperar e limpar a zona do Moinho Grande e recuperar as suas comportas, e fazer uma intervenção nos moinhos de Vento”.
No encontro foram apresentadas múltiplas sugestões, registadas pelos responsáveis e que serviram de base para discussão, no momento, e ficaram anotadas para futura análise/debate.
Aquisição do Moinho Grande aprovada na Reunião de Câmara
Na Reunião Ordinária Pública de 29 de Julho, a Câmara do Barreiro, aprovou a minuta do contrato para a aquisição de parcelas de terreno em Alburrica, que incluem o Moinho Grande e a caldeira onde este se insere – a maior ali existente – e edifícios contíguos. Trata-se de uma aquisição, no valor de 216 mil euros, com o objetivo último de recuperar toda aquela zona.
"Alburrica caracteriza-se por ser um território ribeirinho onde prevalece a estrutura natural, influenciada pelos estuários dos rios Tejo e Coina, a sua proximidade com a malha urbana torna toda esta área num importante elemento paisagístico, histórico, identitário e emocional que se impõe na memória local e reclama uma apropriação salutar por parte dos cidadãos, para um maior contacto com elementos naturais, emblemáticos da história desta cidade", diz o documento.
"Foram os valores naturais deste território que propiciaram a instalação de equipamentos de moagem e o surgimento de uma indústria de moagem nesta zona através da utilização das energias renováveis como a força da água e do vento, actividades que construíram a identidade do Barreiro, o património moageiro singular de Alburrica com vários moinhos de maré contíguos a moinhos de vento localizados na praia", acrescenta ainda o documento.
O interesse na aquisição da presente parcela de terreno, resulta de uma estratégia definida pelo Executivo Municipal, por meio da qual, e sobretudo nos últimos anos, "um dos eixos principais de actuação passa por priorizar as intervenções de regeneração urbana nas áreas/frentes ribeirinhas e a s consequente maior fruição pela população e visitantes", diz a autarquia barreirense.
Deste facto, são exemplos as operações, incluída no programa REPARA que recentemente foram concluídas na Avenida Bento Gonçalves, na zona envolvente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário, na Rua Miguel Pais, e na área de “Alburrica” – local onde ganha especial destaque a construção de diversos passadiços que permitiram que definitivamente os cidadãos do Barreiro passassem a usufruir daquele local.
No curto, médio prazo, avançou Carlos Humberto, “é nossa intenção, no que diz respeito ao Património Moageiro, recuperar o Moinho Pequeno e zona limítrofe, recuperar e limpar a zona do Moinho Grande e recuperar as suas comportas, e fazer uma intervenção nos moinhos de Vento”.
No encontro foram apresentadas múltiplas sugestões, registadas pelos responsáveis e que serviram de base para discussão, no momento, e ficaram anotadas para futura análise/debate.
Aquisição do Moinho Grande aprovada na Reunião de Câmara
Na Reunião Ordinária Pública de 29 de Julho, a Câmara do Barreiro, aprovou a minuta do contrato para a aquisição de parcelas de terreno em Alburrica, que incluem o Moinho Grande e a caldeira onde este se insere – a maior ali existente – e edifícios contíguos. Trata-se de uma aquisição, no valor de 216 mil euros, com o objetivo último de recuperar toda aquela zona.
"Alburrica caracteriza-se por ser um território ribeirinho onde prevalece a estrutura natural, influenciada pelos estuários dos rios Tejo e Coina, a sua proximidade com a malha urbana torna toda esta área num importante elemento paisagístico, histórico, identitário e emocional que se impõe na memória local e reclama uma apropriação salutar por parte dos cidadãos, para um maior contacto com elementos naturais, emblemáticos da história desta cidade", diz o documento.
"Foram os valores naturais deste território que propiciaram a instalação de equipamentos de moagem e o surgimento de uma indústria de moagem nesta zona através da utilização das energias renováveis como a força da água e do vento, actividades que construíram a identidade do Barreiro, o património moageiro singular de Alburrica com vários moinhos de maré contíguos a moinhos de vento localizados na praia", acrescenta ainda o documento.
O interesse na aquisição da presente parcela de terreno, resulta de uma estratégia definida pelo Executivo Municipal, por meio da qual, e sobretudo nos últimos anos, "um dos eixos principais de actuação passa por priorizar as intervenções de regeneração urbana nas áreas/frentes ribeirinhas e a s consequente maior fruição pela população e visitantes", diz a autarquia barreirense.
Deste facto, são exemplos as operações, incluída no programa REPARA que recentemente foram concluídas na Avenida Bento Gonçalves, na zona envolvente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário, na Rua Miguel Pais, e na área de “Alburrica” – local onde ganha especial destaque a construção de diversos passadiços que permitiram que definitivamente os cidadãos do Barreiro passassem a usufruir daquele local.
Existem ainda outras actuações que foram, e estão a ser implementadas, em estreita colaboração com entidades exteriores ao município, destacando-se as intervenções na muralha da Avenida Bento Gonçalves e, mais recentemente, o prolongamento do Passeio Augusto Cabrita. Por último, "entre um conjunto de estudos e projectos que os serviços continuam a desenvolver e a acompanhar para estas áreas, há que destacar o concurso EUROPAN 13 que se encontra a decorrer para a área da antiga Estação do Sul e Sueste e áreas complementares envolvente", refere a deliberação aprovada.
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