ANA defende nova aeroporto no Montijo

Presidente da ANA considera Montijo mais interessante do que Campo de Tiro de Alcochete 

O novo aeroporto de Lisboa não está nos planos mais imediatos da francesa Vinci, que detém a ANA, mas quando estiver a primeira opção não será Alcochete, [como está em projeto] mas sim o Montijo, argumenta o presidente da gestora dos aeroportos nacionais. "Não penso que um aeroporto em Alcochete seja a solução para as próximas décadas. Há soluções melhores. Por exemplo, o Montijo é uma alternativa altamente interessante para um país que não pode gastar mais dinheiro, mas não é só a opção mais barata. É também a mais eficaz para a cidade de Lisboa porque é a mais perto", disse o presidente da ANA, Jorge Ponce Leão. A solução da construção de um novo Aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete foi aprovada pelo Governo de José Sócrates e colocada na "gaveta" pelo atual executivo.  
ANA defende novo aeroporto no Montijo 

Para o gestor, que falava num almoço-conferência organizado pela Vida Imobiliária, um aeroporto em Alcochete não permitiria manter a competitividade porque o sucesso de Lisboa está muito relacionado com a localização na Portela.
"Alguém paga 20 euros à Ryanair para depois pagar 40 euros para vir de Alcochete para Lisboa", comentou. o responsável pelos Aeroportos de Portugal.
Ponce Leão disse contudo que o Montijo funcionaria como solução complementar à Portela, na lógica do Portela+1, mas lembrou também que as operações atuais podem ainda expandir-se para a zona de Figo Maduro, que ao contrário do que se pensa não é um aeroporto ao lado da Portela, mas apenas uma extensão que é usada pela Força Aérea.
"Desde a privatização que se fala nisso e desde sempre que existe essa hipótese [de usar Figo Maduro]. Quando for preciso a Força Aérea sai", recordou.
O gestor diz que, neste momento, essa solução não é necessária, mas usar Figo Maduro já permitiria bastantes ganhos. "São mais seis a sete posições que permitem quatro movimentos por hora, ou seja, são 72 voos por dia que multiplicam por 365 dias do ano com uma média de 150 passageiros. É só fazer as contas", comentou.
Segundo o que ficou acordado na privatização da ANA, a construção de um novo aeroporto ou a adaptação de um já existente será uma opção a tomar pelos novos donos, a francesa Vinci, mas que terá sempre de receber o aval do Estado.
A decisão de construir está, contudo, dependente da capacidade do aeroporto, ou seja, só se pensa um novo aeroporto quando se atingir um determinado número de passageiros que não está bem definido, mas que deverá ser superior a 20 milhões de passageiros.
Atualmente, a Portela tem um total de 18,1 milhões de passageiros.

Agência de Notícias

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