Homem de 20 anos detido por violar meia-irmã de 9 anos no Montijo

Mãe denuncia filho após meses de abusos à irmã menor. Suspeito está preso

Um jovem está em prisão preventiva após ser acusado de violar repetidamente a meia-irmã, uma criança de nove anos, na casa onde viviam com mais nove familiares. Os abusos prolongaram-se desde Abril, num cenário de violência doméstica e silêncio imposto pelo medo.
Tribunal decretou prisão preventiva para o suspeito de 20 anos

A Polícia Judiciária (PJ) confirmou esta quinta-feira a detenção, após uma denúncia apresentada na PSP do Montijo na quarta-feira. A menor foi encaminhada para exames médicos, que corroboraram as agressões sexuais e físicas.
Uma pequena habitação social onde viviam 11 pessoas, todas da mesma família. Uma menina de nove anos espancada e violada repetidamente com gente no quarto e na sala ao lado. 
Um jovem de 20 anos que pela força garantiu o silêncio da vítima e de quem o deveria ter parado. E uma mãe dividida entre proteger a filha ou denunciar o filho. Este foi o cenário encontrado pela Polícia Judiciária após uma queixa apresentada na PSP do Montijo e que revelou o terror porque passou a menina às mãos do meio-irmão, que foi logo detido.
A investigação revelou que o suspeito, sem antecedentes criminais, coagia a vítima através de violência, assegurando o seu silêncio e o da restante família. Apesar de outros adultos e crianças partilharem a mesma habitação social, apenas a mãe acabou por denunciar o filho, após meses de horror. São filhos da mesma mãe, mas de pais diferentes.
Segundo a PJ, os primeiros abusos ocorreram em Abril, mas há indícios de pelo menos seis crimes de violação. "O agressor obrigava a sua meia-irmã a atos sexuais, recorrendo a agressões físicas", lê-se no comunicado.

Prisão preventiva após apresentação a tribunal
O detido foi ouvido pelo tribunal esta quinta-feira, que decretou a sua prisão preventiva. A PJ garante que não há, por agora, indícios de que outras crianças da casa tenham sido vítimas de abusos semelhantes.
O caso expõe uma realidade sombria: uma família dilacerada entre o medo e a culpa, e uma criança cuja infância foi roubada dentro das paredes que deviam ser seu refúgio.

Agência de Notícias 
Fotografia: DR 


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