Trabalhadores do Bingo de Almada em greve

 “Queremos os nossos salários!”

Os cerca de 25 trabalhadores do Bingo do Ginásio Clube do Sul, em Almada, estiveram em greve na quarta-feira devido a atrasos no pagamento dos salários, problema que se arrasta há um ano, diz o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústria de Alimentação Bebidas e Tabacos de Portugal. De acordo com o sindicato, a situação, "arrasta-se há um ano, os subsídios são pagos, mas a prestações. A administração diz que a empresa Pefaco vai ficar com o bingo e pagar tudo o que está para trás, mas há seis meses que os trabalhadores ouvem isto e nada se passa”, conta o dirigente sindical.  O Bingo de Almada é uma das nove que a Pefaco quer explorar em Portugal. O negócio já foi autorizado pela Autoridade da Concorrência, mas ainda não recebeu o aval do Governo.
Portugueses apostam menos nas salas dos bingos 

À porta do bingo, os funcionários reclamavam que “queremos os nossos salários!”. António Barbosa, dirigente do  Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústria de Alimentação Bebidas e Tabacos de Portugal, (Sintab), garante que a empresa não está a pagar aos trabalhadores a tempo e horas, “situação insustentável para os trabalhadores e suas famílias”. 
Esta situação, diz o sindicalista, "arrasta-se há um ano, os subsídios são pagos, mas a prestações. A administração diz que a empresa Pefaco vai ficar com o bingo e pagar tudo o que está para trás, mas há seis meses que os trabalhadores ouvem isto e nada se passa”. 
O Bingo do Ginásio Clube do Sul chegou a ter 70 trabalhadores (de acordo com o Sintab) e é uma das nove que a Pefaco quer explorar em Portugal. O negócio já foi autorizado pela Autoridade da Concorrência, mas ainda não recebeu o aval do Governo. A empresa tem sede em Espanha e operações em países como o Congo, Costa do Marfim ou Ruanda. No total, quer passar a gerir as salas de jogo do Bingo de Almada,  Setúbal (do Vitória),  Nazaré, Olhão, Coimbra, Odivelas e do Benfica, Belenenses (Lisboa) e Boavista, no Porto. 
António Barbosa diz que os bingos continuam a ter clientes, mas há menos dinheiro a entrar. “Sabemos que o país em geral está numa situação complicada e estas empresas vivem das pessoas comuns que usam este tipo de diversão. A população está sem dinheiro e é mais complicado”, diz o responsável do Sintab.
De acordo com os dados mais recentes da Associação Portuguesa de Bingos, em 2014 as vendas das 16 salas a operar em território nacional atingiram os 46 milhões de euros, um aumento de três por cento em comparação com 2013. A entrada de novos prémios (como o Prémio Acumulado de Linha ou o Prémio Sala) ajudou a facturação a crescer. Contudo, há seis anos, os bingos vendiam 85 milhões de euros.
Até ao momento a direcção do bingo de Almada não teceu qualquer informação sobre as denúncias dos trabalhadores e do sindicato.

Agência de Notícias

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