PS visitou Escola Jorge Peixinho no Montijo

Socialistas defendem conclusão das obras da Escola Secundária

Os deputados do Partido Socialista  eleitos pelo círculo de Setúbal à Assembleia da República anunciaram que vão “insistir" com o Governo no sentido de "serem assumidos os calendários de obras" em escolas do distrito de Setúbal que aguardam intervenções, no âmbito da Parque Escolar. A Escola Secundária Jorge Peixinho, no Montijo, é uma das que foi apanhada “nos impasses do Governo de direita”, realçam os socialistas, depois de uma visita efetuada a este estabelecimento de ensino pelas deputadas Eurídice Pereira e Catarina Marcelino. Com um investimento projetado de 12 milhões de euros (e, apenas, 7 milhões e 474 mil euros executados) a obra devia, há muito, estar concluída mas, até ao momento, cumpriu-se metade da meta de construção, não se prevendo uma data para a sua conclusão. Para Nuno Canta, “este Governo tem um preconceito para com a Parque Escolar. A prova é que existem mais de 30 casos como o desta escola em todo o país”, concluiu.
Obra na Secundária do Montijo ficou a "meio" e sem final "à vista" 

“A Escola Jorge Peixinho fazia parte do leque das escolas a intervencionar no âmbito da Parque Escolar” e, ainda, “viu construída a primeira fase não obstante não ter resolvido todo o processo de empreitada. No entanto, a segunda fase do projeto é sucessivamente adiada criando grandes problemas de funcionamento”, apontam as deputadas do PS, acrescentando, “com a entrada deste Governo tudo foi colocado em causa e certo é que, estando a legislatura a terminar, passados cerca de quatro anos, as escolas não têm os problemas resolvidos”, sublinharam as duas deputadas socialistas em visita aquela escola do Montijo.
O socialistas lembram que, exceção feita à secundária do Pinhal Novo, que viu retomar os trabalhos, “a do Monte da Caparica, a de Corroios, [João de Barros], e a do Montijo teimam em não ver melhores dias”. As parlamentares do PS foram acompanhadas, durante a visita, pelos presidente e vice-presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta e Francisco Santos, respetivamente, e ainda pelo presidente União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, Fernando Caria.

Uma escola com vários problemas 
A empresa pública responsável pela obra, a Parque Escolar, entrou em litígio com o empreiteiro, ficando a obra suspensa e por acabar, com reflexos negativos no bem-estar dos alunos, professores e funcionários, bem como na sua própria segurança pessoal.
Com um investimento projetado de 12 milhões de euros (e, apenas, 7 milhões e 474 mil euros executados) a obra devia, há muito, estar concluída mas, até ao momento, cumpriu-se metade da meta de construção, não se prevendo uma data para a sua conclusão.
Em Novembro do ano passado, numa visita à Escola Secundária Jorge Peixinho, o presidente da Câmara do Montijo pôde constatar a existência de infiltrações no edifício velho, saídas de emergência (no novo edifício) pouco eficientes, e espaços exteriores pouco recomendáveis para um recreio seguro. Atendendo à situação de litígio entre o Ministério da Educação e o empreiteiro, ficaram suspensas as obras no pavilhão desportivo e os arranjos exteriores, assim como a aquisição de diverso equipamento de segurança, mobiliário e ar condicionado.
A “parte nova” da escola, até agora construída, já apresenta diversos problemas, como salas sem ventilação natural (janelas) projetadas para a utilização de ventilação artificial, sistema a vácuo. Sem ar condicionado colocado, incidentes com alunos já se verificaram na época de verão, devido à ventilação insuficiente do sistema. 
O presidente da CAP da Escola Secundária Jorge Peixinho afirmou que “quem projetou esta obra não teve em conta a realidade da escola. Cada vez temos mais alunos carenciados, este ano são 24 por cento dos alunos, o dobro do ano anterior, e com aumentos semanais. Com um orçamento limitado aos 12 mil euros mensais não temos meios para fazer face às despesas, nomeadamente com o sistema de ar condicionado, quando estiver a funcionar”, diz João Ramos.
Preocupado com esta realidade, mas sem quaisquer competências ou responsabilidade sobre a obra, Nuno Canta afirmou [em Novembro do ano passado] que “a nossa função é trabalhar em conjunto com a escola e a associação de pais para alertar os responsáveis, a Parque Escolar e o Ministério da Educação”.
Para Nuno Canta, “este Governo tem um preconceito para com a Parque Escolar. A prova é que existem mais de 30 casos como o desta escola em todo o país”, concluiu.

Agência de Notícias



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