Rede de Intervenção Social em Grândola preocupa PS

Deputados socialistas visitaram Santa Casa da Misericórdia de Grândola

Os deputados do Partido Socialista, eleitos por Setúbal, estiveram na semana passada  em visita à Santa Casa da Misericórdia de Grândola, acompanhados por autarcas e dirigentes locais do partido. A visita teve por objectivo, segundo os socialistas, contactar no terreno com a forma como está a decorrer o projeto da Rede Local de Intervenção Social  e “o seu alcance junto da população”. De acordo com os socialistas " a reorganização de serviços, levada a cabo pelo Centro Distrital de Segurança Social de Setúbal, confrontou a população do distrito com o facto dos atendimentos de ação social e de Rendimento Social de Inserção realizados pela equipa da Segurança Social, nos serviços locais” e “em instalações de entidades parceiras como juntas de freguesia e instituições sociais, concentrando os atendimentos diários em Setúbal e Almada, havendo ainda atendimentos em alguns dias da semana no Seixal, Alcácer do Sal, Sesimbra, Barreiro e Montijo”, lembra o PS, em comunicado. 
Deputados do PS querem Segurança Social do distrito sem cortes 

Tendo em conta os acontecimentos, nos últimos tempos, que marcaram a Segurança Social no distrito de Setúbal, concretamente a dispensa de mais de 80 trabalhadores ‘enviados’ para a requalificação e uma recente reorganização de serviços da ação social, e estando a decorrer uma experiência piloto da RELIS – Rede Local de Intervenção Social, das 12 existentes em todo o país, na Santa Casa da Misericórdia de Grândola, os deputados Vieira da Silva, Eurídice Pereira, Catarina Marcelino e Sónia Fertuzinhos, acompanhados por autarcas e dirigentes locais do PS, contataram com a prática deste projeto com o objetivo de procurar conhecer o seu alcance junto da população.
“Quisemos compreender o modo de funcionamento desta experiência piloto, RLIS, apesar de não haver ainda informação concreta sobre para quando o alargamento desta rede”, disse a deputada Catarina Marcelino. Na mesma nota, o PS refere que “os deputados, numa reunião com técnicas da RLIS e com o provedor e vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Grândola, levantaram um conjunto de questões sobre o funcionamento da rede”.
Este projeto, que teve início em Novembro de 2014, financiado por fundos comunitários do Programa Operacional de Potencial Humano, com a duração de seis meses, tem a colaboração de “cinco técnicas que fazem atendimento num espaço ‘front-office’, mas que também se “deslocam às freguesias do concelho”. Dispõem, até ao momento, de “61 processos ativos”, dizem os socialistas.

"Tentar encontrar soluções para os problemas dos utentes"
“As técnicas têm um interlocutor e acesso a uma base de dados com informação restrita da Segurança Social”. E são responsáveis por, dizem os deputados do PS, "em articulação com as instituições da rede social, tentar encontrar soluções para os problemas dos utentes” e são também “estas técnicas que realizam as informações necessárias para que a Segurança Social atribua subsídios eventuais para situações de maior carência”.
Catarina Marcelino considera que a “nova experiência do ponto de vista dos recursos existentes pode estar a ter uma gestão pouco racional. Acresce consideravelmente a um já existente número significativo de técnicos que acompanham processos do RSI”, mas também “pode ser um problema a impossibilidade de as técnicas da RLIS terem acesso a toda a informação sobre os utentes podendo levar a que o trabalho muitas vezes realizado, quando verificado na Segurança Social, possa ser interrompido se a situação da pessoa for diferente da informação que prestou, o que leva a que haja, sempre, uma duplicação de trabalho na necessária confirmação dos dados para a instrução dos processos e apoio aos beneficiários”, concluiu a deputada do PS, eleita pelo círculo de Setúbal na Assembleia da República.

Agência de Notícias

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