Macedo exclui hospital no Seixal e pondera alternativas

Ministro admite construção de unidade de saúde no Seixal, mas não um hospital

O ministro da Saúde admitiu hoje a construção de uma unidade de saúde no Seixal, afastando na hipótese de um novo hospital naquela zona. Paulo Macedo, que falava na Comissão Parlamentar da Saúde, afirmou que, se fosse construído um novo hospital no Seixal, este nunca iria substituir o de Almada, com todas as especialidades de que este dispõe. A falta de recursos humanos é uma das razões alancada por Paulo Macedo para a não construção de um novo hospital no Seixal, pelo menos nos próximos três anos. Segundo o ministro da Saúde, “não temos recursos humanos para desmultiplicar em vários hospitais" e voltou a afirmar que o Governo já investiu cerca de 200 milhões de euros no Garcia de Orta e 140 milhões no hospital de Setúbal.
Paulo Macedo quer estudar alternativas a novo hospital no Seixal


O titular da pasta da Saúde, que está a ser ouvido na Comissão Parlamentar de Saúde, respondia às críticas da oposição sobre os tempos de espera e dificuldade de acesso a cuidados de saúde no Hospital de Setúbal e no Hospital Garcia de Orta, em Almada. Macedo rejeitou a hipótese de criar um hospital novo e alertou que “o Hospital do Seixal nunca seria uma duplicação do de Almada”, mas sim um local com mais oferta em ambulatório.
Para o ministro, o que pode ser ponderado é uma abertura de uma unidade mais pequena e apenas para complementar a oferta. Esse tipo de unidade já existe, aliás, em Mem-Martins, como resposta à pressão sentida no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) e que oferece serviços como urgência básica.
“No prazo de três anos, não há recursos humanos para ter dois hospitais”, reforçou, depois de citar que mesmo sem aberturas já investiu nos últimos anos cerca de 200 milhões de euros no Garcia de Orta e 140 milhões em Setúbal.
Paulo Macedo assegurou, ainda, que “quase dobrou o número de profissionais” na urgência do Garcia de Orta em relação ao que havia em 2010, citando que “o tempo médio por episódio é mais baixo” e que em 2014 houve menos reclamações. 
As declarações mereceram vários apupos da oposição, com a deputada bloquista Helena Pinto a dizer que “o panorama geral do Serviço Nacional de Saúde é caracterizado por uma única palavra e essa palavra é retrocesso”.
“O SNS está num caos ou muito perto dele, acabou com muita coisa mas não criou nada em sua substituição”, criticou a parlamentar do BE, o que levou Macedo a responder com um exemplo: a duplicação de 150 para 300 camas da rede de cuidados paliativos que será concretizada em 2015.
Um novo hospital do Seixal tem sido reclamado pelas populações, para quem o Hospital de Almada não apresenta condições de resposta, existindo inclusive uma petição pública com este objetivo.

Agência de Notícias

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