Luz solar de Santiago do Cacém é "quase perfeita"

A luz de Santiago do Cacém é mesmo especial e tem efeitos benéficos para a saúde

Uma investigação levada a cabo pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha, comprova que a luz solar em Santiago do Cacém tem um nível “quase perfeito” de raios ultravioleta, que estimulam a produção de vitamina D pelo corpo humano, entre outras propriedades benéficas. A apresentação decorreu esta semana, no Auditório Municipal António Chainho, em Santiago do Cacém. Os resultados preliminares já apontavam nesse sentido, mas os dados finais vêm agora comprovar a qualidade da luz solar santiaguense. O estudo foi feito por comparação a medições efetuadas, no mesmo período, em Jammertal, na Alemanha, que revelou uma maior intensidade luminosa no Município de Santiago do Cacém, fator que contribui, entre outros benefícios para reduzir a incidência de depressões associadas ao inverno. O presidente do município referiu que os resultados do estudo vieram dar uma "componente científica" ao "romantismo" que existia em redor da luz no local e revelam "condições ótimas" para aliciar potenciais turistas do norte da Europa a passarem "temporadas muito grandes" no concelho.
A luz solar de Santiago do Cacém é benéfica para a saúde 

As conclusões  apresentadas na quarta-feira em Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal, dizem respeito a uma investigação efetuada pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha, no âmbito da qual foram efetuadas medições, no último trimestre do ano passado, em dois pontos do concelho.
O estudo da luz neste local foi feito por comparação a medições efetuadas, no mesmo período, em Jammertal, na Alemanha, que revelou uma maior intensidade luminosa no concelho do litoral alentejano, fator que contribui "largamente" para reduzir a incidência de depressões associadas ao inverno, afirmou Jarek Krajewski, um dos responsáveis pela investigação.
Os investigadores da universidade alemã verificaram também que, em Santiago do Cacém, há mais luz azul, relacionada com a estabilização do ritmo circadiano, que regula as atividades biológicas diárias, e com uma melhor qualidade do sono.
De acordo com Sebastian Schnieder, outro dos investigadores, o estudo permite afirmar que a luz solar do concelho alentejano tem "efeitos benéficos para a saúde", mas tal não pode ser extrapolado para outras zonas de Portugal.
"Provavelmente", explicou, a luz solar de outras localidades com as mesmas características, como a proximidade com o mar, na região poderá ter uma composição semelhante, o que só pode ser aferido através de um estudo comparativo.
Os investigadores da Universidade de Wuppertal, na qual têm sido desenvolvidos outros estudos, em vários pontos do mundo, relacionados com os efeitos psicológicos e fisiológicos da luz no ser humano, constataram ainda que, em Santiago do Cacém, a luz permite uma "perceção muito ampla das cores", uma propriedade estética" que terá mais influência na qualidade de vida e no bem-estar do que na saúde.
Uma configuração correta da iluminação no interior da casa, uma menor exposição a luz azul durante a noite e uma exposição mínima de 30 minutos diários à luz natural são alguns conselhos deixados pelos investigadores.
Segundo os responsáveis pelo estudo, o concelho de Santiago do Cacém foi escolhido com base em fontes científicas que indicavam a existência de uma "luz especial" no local.

Município quer atrair mais turistas 
Estudo foi apresentado esta quarta-feira em Santiago do Cacém 
O presidente do município, Álvaro Beijinha referiu que os resultados do estudo vieram dar uma "componente científica" ao "romantismo" que existia em redor da luz no local e revelam "condições ótimas" para aliciar potenciais turistas do norte da Europa a passarem "temporadas muito grandes" no concelho.
A investigação surgiu no âmbito de um projeto para uma herdade junto a Aldeia dos Chãos, no concelho alentejano, propriedade de Maria Loureiro, que encomendou o estudo à Universidade de Wuppertal.
Segundo os responsáveis pelo estudo, Santiago do Cacém foi escolhido com base em fontes científicas que indicavam a existência de uma “luz especial” no local. Relembre-se que “desde o tempo da antiga Miróbriga romana, com templos e termas, hoje centro arqueológico em Santiago do Cacem, a luz nesta região é mencionada como diferente. Pela altitude sobre o mar, a distância para o Atlântico, a distribuição sobre montes e vales, é suposto a luz quebrar-se aqui de forma própria”. É nesta linha que os responsáveis da universidade alemã − a mais evoluída neste domínio − justificam a pertinência da investigação e a escolha de Santiago do Cacém.

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