Homem morre na Moita enquanto roubava cobre

Roubava para comprar carne para o seu aniversário 

Um homem de 57 anos morreu na manhã de sexta-feira quando retirava cobre de uma fábrica abandonada na Moita. Uma placa do telhado cedeu e o homem caiu de uma altura de 10 metros. 178 euros era quanto entrava todos os meses na casa de Joaquim Saavedra, um pedreiro no desemprego, e Lídia Felgueiras, a companheira da vítima. Joaquim queria comprar carne para o seu aniversário que queria festejar em casa da sobrinha, em Pinhal Novo. Decidiu tirar cobre da antiga fábrica de arame a poucos metros de casa. O telhado não aguentou o peso do homem e cedeu. Joaquim andava ao cobre para dar uma vida melhor à família. "Ele por vezes ia lá para a fábrica, mas tirava o cobre do chão. Desta vez foi para o telhado e aconteceu isto", disse a companheira da vítima. Joaquim era natural de Lamego, no distrito de Viseu, e deixa dois filhos. 
Homem foi encontrado no chão desta fábrica desactivada na Moita 

Joaquim Saavedra partilhava a vida com Lídia e sobreviviam com 178 euros por mês. Na próxima sexta-feira, ia fazer 58 anos. "Ele disse-me que ia tentar arranjar cobre para termos dinheiro para comprar carne e fazermos um churrasco no aniversário na casa da sobrinha, em Pinhal Novo." Uma tragédia interrompeu os planos do casal. Joaquim morreu após uma queda de 10 metros, a partir do telhado de uma antiga fábrica na Moita. Estava a tentar furtar cobre.
"Ele por vezes ia lá para a fábrica, mas tirava o cobre do chão. Desta vez foi para o telhado e aconteceu isto. Disse-lhe para ter cuidado. Foram estas as minhas palavras", contou à CMTV Lídia Felgueiras, de 65 anos, companheira da vítima mortal.
De acordo com aquela televisão, há um enorme buraco na cobertura da antiga fábrica de arame. O corpo de Joaquim Saavedra acabou por ser descoberto pelas 8h30 da manhã de sexta-feira. Ao lado do corpo estava a placa do telhado que cedeu.
A GNR da Moita isolou o local, tendo a Polícia Judiciária sido chamada para despistar um eventual crime. Após as perícias, o corpo acabou por ser retirado pelos bombeiros da Moita.
Joaquim Saavedra morreu a cerca de 150 metros de casa. "Eu nem quero agora imaginar como vai ser a minha vida. Ele fazia tudo por mim, era muito meu amigo. O dinheiro mal dá para os medicamentos. Já antes o nosso jantar, muitos vezes, era sopas de pão com café. Agora tudo vai ser mais difícil", concluiu Lídia Felgueiras.
Joaquim era natural de Lamego, no distrito de Viseu, e deixa dois filhos.

Agência de Notícias

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