Homem morre nas urgências do Hospital de Almada

Paciente terá morrido enquanto aguardava por atendimento médico

O hospital Garcia de Orta, em Almada, está a averiguar as circunstâncias da morte de um homem de 60 anos, que ocorreu no passado domingo na urgência daquele hospital. O paciente terá morrido enquanto esperava para ser atendido, depois de na triagem lhe terem atribuído uma pulseira amarela. Porém, esta informação carece da confirmação do hospital. Também a Comissão Utentes da Saúde do Seixal não avança, para já, com qualquer comentário sobre a ocorrência. Até porque "há dias bem piores, em que os doentes podem ter de esperar sete ou oito horas", diz a comissão. Este ano já morreram quatro pessoas nas urgências dos hospitais português. Metade dos quais no distrito de Setúbal. Primeiro no hospital de São Bernardo, na capital do distrito e agora em Almada. 
Homem faleceu enquanto esperava nas urgências no domingo 

O Hospital Garcia de Orta, em Almada, está a averiguar as circunstâncias da morte de um homem de cerca de 60 anos, que ocorreu no passado domingo na urgência daquela unidade de saúde, disse à Agência Lusa fonte hospitalar.
O sexagenário terá morrido enquanto aguardava por atendimento médico, depois da triagem em que lhe foi atribuída uma pulseira amarela, informação que ainda não foi confirmada pelo hospital. De acordo com algumas fontes a situação do doente agravou-se e um enfermeiro, que passou pelo homem, ainda procurou reanimá-lo. Acabou, segundo escreve o jornal Correio da Manhã, por morrer com um enfarte maciço, com rutura do músculo cardíaco.
A Comissão Utentes da Saúde do Seixal também não avança para já com qualquer comentário sobre o sucedido, alegando que ainda não tem informações precisas sobre as circunstâncias da morte que ocorreu no Hospital Garcia de Orta, um dos maiores hospitais do distrito de Setúbal.
"Não sabemos se a morte ocorreu porque era inevitável ou por qualquer outra razão", disse José Sales, membro daquela comissão que reclama a construção de uma nova unidade hospitalar no concelho do Seixal, para melhorar a qualidade do atendimento médico nos concelhos da Península de Setúbal.
Segundo José Sales, a demora no atendimento de doentes com pulseira amarela era de "cerca de duas horas" no passado domingo. Mas admite o dirigente da Comissão Utentes da Saúde do Seixal,  "há dias bem piores, em que os doentes podem ter de esperar sete ou oito horas".
 José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, já revelou que vai denunciar à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde mais óbitos por falta de assistência médica: "Isto só acontece pela falta de profissionais nas urgências". 
Esta é já a quinta morte verificada nas urgências dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde em três semanas por alegada falta de atendimento. Metade ocorreu em hospitais do distrito. Primeiro no hospital de São Bernardo, em Setúbal e agora em Almada.



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