Homem não queria divisão de bens pelo divórcio
João Pinheiro, bancário aposentado de 52 anos, não queria o divórcio após 25 anos de casamento e acima de tudo não queria dividir os bens – a casa onde o casal residia na rua Engenheiro Henri Perron, situada num dos melhores bairros de Setúbal, uma moradia no Crato, de onde a vítima era natural e uma casa de férias em Soltroia, entre outros. Mas a advogada de Maria Cremilda ligou-lhe para confirmar que as partilhas iam ser feitas. Horas depois, uma acesa discussão acabou com a vítima a ser agredida.
Maria Cremilda, funcionária da Câmara de Setúbal, foi à esquadra da PSP, da Avenida Luísa Todi fazer queixa por violência doméstica, pouco depois das 22 horas. Pelas 2h30, já de quinta-feira, agentes levaram a vítima a casa num carro-patrulha – o caso foi avaliado como sendo de "baixo risco" pela PSP e a vítima quis regressar a casa.
Meia hora depois, era assassinada. O cadáver foi encontrado por um dos dois filhos do casal, que alertou a polícia. Às 4h45 João Pinheiro – que infligiu duas facadas no próprio corpo [no peito e no braço] depois de alegadamente matar a mulher – era manietado. Terá sido o INEM quem convenceu o homem a entregar-se à polícia.
Foi transportado, sob detenção, para o hospital de Setúbal, onde foi operado e vai ficar pelo menos 10 dias internado. Está desde sexta-feira em preventiva depois de ter sido ouvido por um juiz. Quando tiver alta, vai para a prisão até ao julgamento.
Foi transportado, sob detenção, para o hospital de Setúbal, onde foi operado e vai ficar pelo menos 10 dias internado. Está desde sexta-feira em preventiva depois de ter sido ouvido por um juiz. Quando tiver alta, vai para a prisão até ao julgamento.
Na origem do pedido de divórcio feito por Maria Cremilda terão estado traições do marido que a vítima descobriu. O suposto homicida esteve a trabalhar em Angola durante oito anos.
Os dois filhos do casal, maiores de idade e outra familiar, tiveram de ser assistidos por psicólogos do INEM. O filho, que descobriu o corpo da mãe, foi retirado do local do crime pela PSP logo após o crime.
Este é o primeiro caso mortal de violência doméstica este ano na região de Setúbal. Em 2014 sete mulheres perderam a vida em situação considerada de violência doméstica, o que coloca o distrito como o que regista maior número de casos deste género.
Segundo o Observatório de Mulher Assassinadas, projecto da organização feminista UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta -, entre Janeiro e 30 de Novembro do ano passado, sete mulheres foram vítimas de homicídio perpetrado por um familiar ou por alguém com quem tinham mantido ou mantinham uma relação intima.
Agência de Notícias
Este é o primeiro caso mortal de violência doméstica este ano na região de Setúbal. Em 2014 sete mulheres perderam a vida em situação considerada de violência doméstica, o que coloca o distrito como o que regista maior número de casos deste género.
Segundo o Observatório de Mulher Assassinadas, projecto da organização feminista UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta -, entre Janeiro e 30 de Novembro do ano passado, sete mulheres foram vítimas de homicídio perpetrado por um familiar ou por alguém com quem tinham mantido ou mantinham uma relação intima.
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