Barreiro pronto para receber terminal de contentores

" Um contributo para o desenvolvimento do país, região e do concelho" 

O presidente da Câmara do Barreiro anunciou, a 19 de Dezembro, em Conferência de Imprensa, que já tem fechado o parecer a enviar à Agência Portuguesa do Ambiente sobre a Proposta de Definição de Âmbito do Estudo de Impacte Ambiental do Terminal de Contentores do Barreiro, no dia em que terminou o período formal de consulta pública. Carlos Humberto esclareceu, ainda, que "o projecto do Porto/Terminal de Contentores de Lisboa, no Barreiro, não inviabiliza a construção da Terceira Travessia do Tejo".A deslocação do terminal de contentores para o Barreiro  "pode ser um importante contributo para o desenvolvimento do país, região e do concelho", refere a autarquia em comunicado enviado ao ADN. 

Câmara entregou parecer à Agência Portuguesa do Ambiente

Para os autarcas do Barreiro este é "um projecto necessário não apenas para o concelho mas, também, para a Região", realçou Carlos Humberto, que, a par da vice-presidente da autarquia Sofia Martins, e do vereador com o Planeamento, Ambiente e Mobilidade, Rui Lopo, marcaram presença no encontro com Comunicação Social.
Nas próximas décadas está previsto um aumento muito significativo de transportes de contentores. “É preciso que o país se prepare para este novo ciclo” de modo a que Lisboa e a sua Área Metropolitana possam ser uma referência à 'escala europeia' e se possa afirmar como uma 'Cidade Região', defende o chefe do executivo municipal. Carlos Humberto sublinhou ainda a posição geográfica estratégica de Portugal e a sua proximidade/relação com países com os quais a língua, "possa ser um motivo de aproximação/ligação e uma mais-valia".
De acordo com o presidente da Câmara do Barreiro, "o aumento da actividade portuária no país e particularmente em Lisboa é essencial”, disse, sublinhando o “papel central do estuário do Tejo” e a necessidade de olhar para o Rio – elemento central – como uma potencialidade”.
A localização do porto no Barreiro – numa perspectiva alargada, com uma zona logística, industrial e tecnológica (e daí ser denominada uma Área Logística Industrial e Tecnológica Anexa – ALITA) –, obra estimada em cerca de 600 milhões de euros, "pode ser um importante contributo para o desenvolvimento do país, região e concelho", refere a autarquia. Recorde-se que o local de construção do Terminal será anexo à Quimiparque, hoje Baía do Tejo, território com cerca de 300 hectares.
Carlos Humberto salientou que o documento a enviar à Agência Portuguesa do Ambiente releva as preocupações da autarquia com “questões ambientais”, tanto em fase de obra como no seu funcionamento, “questões das acessibilidades”, internas e ligações ao exterior, e “questões da inserção urbana”.
Ao nível das acessibilidades, alertou que um projecto com a dimensão do porto de contentores deverá ver acauteladas as questões do aumento de tráfego, pelo que será necessário o reforço de acessibilidades e a concretização de projectos já amadurecidos, como as ligações Barreiro ao Seixal e Seixal a Almada ou a CREM – Circular Regional Externa da Moita. A autarquia considera que deve ser, ainda, estudada uma ligação Barreiro/Montijo/Ponte Vasco da Gama.
De acordo com o vereador do Planeamento, e, ainda, sobre a Terceira Travessia do Tejo, o enquadramento deste projecto "assenta no modelo territorial da região, que tem prevista a ligação Margem Sul/Margem Norte através da Ponte entre o Barreiro e a capital".
No sítio oficial da Câmara do Barreiro na Internet, encontram-se publicadas algumas das conclusões do parecer da autarquia enviado à Agência Portuguesa do Ambiente.

Agência de Notícias



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