Prisão para os dois autores de crimes violentos em Almada

Suspeito confessou crime diz que a vítima mortal o contratou para sequestrar a mulher 

Almada viveu, durante dois dias, dois crimes de contornos estranhos e trágicos. No domingo, um homem ficou gravemente ferido depois de outro lhe ter espetado uma chave no coração. Ouvido em Tribunal, o juiz decretou prisão. Na mesma cadeia está também o homem suspeito de matar outro com duas facadas no coração, numa empresa no centro de Almada. Em sua defesa, o suspeito diz que o assassinado o contratou para sequestrar a sua mulher para que pudesse fazer um desfalque na empresa. Na altura em que o suspeito se preparava para adormecer a mulher o marido terá abortado o plano, levando o homem a esfaqueá-lo até à morte. A mulher não acredita nesta versão. Mas o suspeito era amigo do casal e vivia no mesmo prédio da empresa. 

Suspeitos de crimes violentos em Almada estão presos 

Quando a PSP entrou no domingo num escritório na rua Ramiro Ferrão, em Almada, encontrou Yuri, 38 anos, com uma faca ensanguentada na mão. Tinha acabado de matar o amigo Domingos Sousa, de 67. Espetou-lhe duas facadas no coração. Antes, adormeceu-o com clorofórmio, a mesma substância com que atacou a mulher da vítima, Ida Rodrigues, de 73. Mas ela conseguiu  fugir. Yuri entregou-se à PSP e o caso foi comunicado à Polícia Judiciária.
O homicida conheceu as medidas de coação no Tribunal de Almada. Segundo o escreveu o jornal Correio da Manhã, Yuri confessou o crime à polícia. Diz que o amigo Domingos Sousa o contratou por cinco mil euros para sequestrar e adormecer a sua mulher no trabalho. O objetivo seria o contratante [Domingos Sousa] fazer um desfalque nos dinheiros da empresa da mulher, ou mesmo pedir um resgate à família. Confrontada com este cenário, a mulher diz não acreditar em tal hipótese.
Yuri muniu-se de éter, clorofórmio e facas e, às 13h45 de segunda-feira, dirigiu-se ao escritório onde estava Ida Rodrigues. Com um pano com clorofórmio, tentou drogar a amiga, mas esta refugiou-se numa sala. Foi então que surgiu Domingos, a anular o ‘golpe’, dizendo que já não lhe iria pagar os cinco mil euros. A ira de Yuri virou-se de imediato para Domingos Sousa, agredido na cabeça e drogado. Adormecido, foi assassinado. Ida pediu ajuda à janela. Uma patrulha da PSP que passava no local acabou por detê-lo. As autoridades tentam perceber a veracidade da versão apresentada pelo homicida.
Yuri irá aguardar julgamento na cadeia. O suspeito era amigo, segundo os vizinhos, próximo do casal. Ida e Domingos ajudavam-nos muitas vezes o homem que mora no mesmo prédio onde o casal  tinha uma empresa. De acordo com as autoridades, Yuri e Domingos tiveram várias conversas telefónicas dias antes da agressão fatal. A PJ de Setúbal aprendeu ainda uma arma de fogo na casa do suspeito de ter assassinado Domingos Sousa.

Homem espetou chave no coração de outro,  ficou na prisão
Um dia antes, também em Almada, a  PSP de Almada deteve  um homem de 37 anos suspeito de ter agredido outro, de 59 anos, com uma chave de fendas, tendo-lhe perfurado o coração. Segundo um comunicado da PSP, depois da agressão, que terá ocorrido no interior de um estabelecimento comercial na Rua D. João I, em Almada, o presumível agressor pôs-se em fuga, mas acabou por ser detido numa artéria próxima do local do crime, graças à descrição de algumas testemunhas.
O suspeito, que ainda tinha a arma do crime quando foi detido, e ouvido no Tribunal de Almada que lhe decretou ordem de prisão.
A vítima foi transportada ao Hospital Garcia de Orta, de onde foi posteriormente transferida para o Hospital De Santa Maria, em Lisboa, esteve em estado muito grave mas, de acordo com o hospital, o homem já saiu dos cuidados intensivos e não corre, por agora, perigo de vida.

Agência de Notícias

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