Património de Setúbal em colóquio até sexta-feira

História coletiva é algo que “não tem preço”

O papel da Câmara de Setúbal na recuperação do Convento de Jesus foi destacado na manhã de dia 26 de Novembro, na abertura de um colóquio de três dias sobre património móvel e imóvel religioso do concelho. A presidente da autarquia destacou no encontro, a decorrer no auditório da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, o “papel preponderante que a Câmara Municipal teve, e tem, na recuperação do Convento de Jesus, incomparável património religioso e arquitetónico”. O colóquio “Casas Religiosas de Setúbal e Azeitão” prossegue hoje e sexta-feira com intervenções em torno dos temas “Património Imóvel”, no primeiro dia, e “Património Móvel, Integrado e Imaterial”, no segundo, nos quais professores, investigadores e especialistas de diversas áreas de estudo continuam a dar o seu contributo para atualizar a historiografia religiosa local.
Convento de Jesus, em Setúbal,  está ainda a ser recuperado 

Na abertura do colóquio “Casas Religiosas de Setúbal e Azeitão”, organizado pela LASA – Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, Maria das Dores Meira confrontou a construção do monumento, no século XV, com as dificuldades que, em pleno século XXI, se encontrou para “recuperar o património religioso”, uma vez que, “há pouco mais de 500 anos, o poder central foi muito mais sensível” do que é na atualidade
A autarca expressou o desejo de, ao longo do colóquio, se “analisar as condições em que algum do património que possa estar degradado pode ser recuperado, valorizado”, uma vez que, reforçou, a história coletiva é algo que “não tem preço”.
Luís Machado Luciano, presidente da LASA, sublinhou que a iniciativa, organizada em parceria com instituições universitárias e o apoio da Câmara Municipal, entre outros, constitui “uma atitude impecável para prestigiar a cidade” e contribui para a “revisão da História de Setúbal”.
Os trabalhos iniciaram-se com Sandra Costa Saldanha, do Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja e do Centro de Estudos de Arqueologia, Artes e Ciências do Património da Universidade de Coimbra, e Maria João Pereira Coutinho, do Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que deram o seu contributo para o primeiro painel do colóquio, “Culto e Espiritualidade”.
Albérico Afonso Costa, do Instituto Politécnico de Setúbal e do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova, e Heitor Baptista Pato, do Grupo de Amigos de Lisboa, encerraram as apresentações relativas ao primeiro painel.

Colóquio dura até sexta-feira 
Para o segundo painel, dinamizado na parte da tarde, relacionado com o “Património Imóvel”, contribuem Maria João Cândido, do Setor do Património e Arqueologia da Câmara de Setúbal, e João Inglês Fontes, do Instituto de Estudos Medievais da Nova e do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa.
O dia terminou com apresentações de Edite Alberto, do Centro de História d’Aquém e d’Além-Mar da Nova e da Universidade dos Açores, Isabel Sousa de Macedo, da Autarquia setubalense e da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, e Virgolino Ferreira Jorge, da Universidade de Évora.
O colóquio “Casas Religiosas de Setúbal e Azeitão” prossegue hoje e sexta-feira com intervenções em torno dos temas “Património Imóvel”, no primeiro dia, e “Património Móvel, Integrado e Imaterial”, no segundo, nos quais professores, investigadores e especialistas de diversas áreas de estudo continuam a dar o seu contributo para atualizar a historiografia religiosa local.

Agência de Notícias

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