Barreiro avança com obras na muralha do Tejo

Obras do prolongamento do Passeio Augusto Cabrita já começaram 

Os trabalhos de consolidação e melhoria da muralha até à praia do Clube Naval Barreirense e, consequentemente, prolongamento do Passeio Augusto Cabrita, arrancaram na segunda-feira estando prevista a sua conclusão até final do primeiro semestre do ano que vem. Esta intervenção, diz a Câmara do Barreiro, "resulta do trabalho conjunto entre a autarquia e a Administração do Porto de Lisboa, no quadro da candidatura REPARA, e que, por ausência de financiamento comunitário, tinha, até aqui, sido adiada, mas, por insistência das duas entidades, retoma, agora, a possibilidade de realização". 
Autarquia requalifica zona ribeirinha do Tejo 
Com um prazo de execução de nove meses, será efetuada a consolidação e reconfiguração da frente de Rio com a construção de aproximadamente 600 metros de muralha na continuidade da existente, construção de rampa varadouro, junto ao Clube Naval Barreirense, e escadas de acesso à água, e reparação da caixa de areia da praia do Clube.
A continuidade do passeio ribeirinho consiste nesta fase, na construção de passeio e ciclovia, criação de zonas de estadia e contemplação, com plataformas sobre a muralha ao longo da nova linha de contenção de rio. Nas zonas de estadia encontram-se previstos “cubos” contemplativos (bancos), enquadrados de modo harmoniosamente desalinhado da linha de muralha.
“Esta frente de Rio, pela sua amplitude de vistas, tem condições para ser um amplo observatório do rio Tejo, que, aliás, já o é na prática; mas consideramos que criando condições para uma estadia mais confortável, para a prática desportiva ou para percursos de lazer, será, ainda, mais usufruída pela população, aproximando, ainda mais, os barreirenses dos nossos rios”, defende o vereador do Planeamento, Rui Lopo.
“A requalificação desta e de outras áreas ribeirinhas evidencia a melhoria que se tem procurado introduzir nos últimos anos, no que diz respeito a uma mais íntima e direta relação com as nossas frentes ribeirinhas. Tem sido possível, à medida que algumas das intervenções se concretizam, usufruir e dar a descobrir, ímpares e singulares miradouros que nos oxigenam o corpo a alma e o espírito”, sublinha ainda Rui Lopo.
Dada a natureza da obra, irão ocorrer, durante as diferentes intervenções, alguns condicionalismos na circulação automóvel, pronta e atempadamente divulgados pela Câmara do Barreiro, garantindo-se, sempre, uma alternativa efetiva de acessibilidade e mobilidade na área da intervenção.
“Está prevista ainda, numa segunda fase, a introdução nas plataformas sobre a muralha de elementos ou  esculturas de sombreamento, cuja forma, em asa de gaivota, remete para elementos com forte ligação ao local e à figura de Augusto Cabrita, que tantas e tantas vezes fotografou as silhuetas e voos dessas aves que, diária e continuamente, nos sobrevoam”, conclui o responsável pelo Planeamento da cidade.


Comentários