Alcácer do Sal recupera antigos galeões do sal

Galeões “Pinto Luísa” e “Amendoeira” quase a ser devolvidos ao Sado 

A Câmara Municipal de Alcácer do Sal está a reparar os galeões “Pinto Luísa” e “Amendoeira”. Os dois galeões do sal, embarcações tradicionais praticamente únicas no mundo. A intervenção no “Pinto Luísa” está praticamente concluída, o “Amendoeira” irá ser reparado num estaleiro porque necessita de uma reparação mais substancial. "Faltam ainda alguns acabamentos, mas a recuperação está praticamente concluída para dar mais dignidade à embarcação e garantir todas as condições de segurança dos visitantes que procuram cada vez mais os galeões do sal da Câmara de Alcácer do Sal para passeios turísticos", explica um comunicado daquela autarquia. 

Antigos Galeões do Sal estão a ser recuperados em Alcácer do Sal

A tripulação dos galeões do sal, composta pelo Mestre da embarcação e carpinteiro Naval, Hélder Mateus, pelo técnico Rui Damião e Fernando Gonçalves iniciaram em Junho a reparação que passou pela calafetagem do convés ( foi vedado e posteriormente aplicado tratamento com óleo de linhaça), foram ainda substituídos os moitões e os cabos. Foram ainda construídas e colocadas caixas para guardar os coletes salva- vidas e os apoios para as boias salva-vidas. Este trabalho foi feito com o apoio dos carpinteiros e serralheiros da Câmara de Alcácer do Sal.
"Faltam ainda alguns acabamentos, mas a recuperação está praticamente concluída para dar mais dignidade à embarcação e garantir todas as condições de segurança dos visitantes que procuram cada vez mais os galeões do sal da Câmara Municipal de Alcácer do Sal para passeios turísticos", explica um comunicado daquela autarquia ribeirinha do Sado. 

A história dos galeões do sal 
O Galeão Amendoeira é embarcação tradicional tem 18,84 metros de comprimento e lotação de 50 pessoas. Foi construída em 1925, na praia da Saúde, em Setúbal, por Artur Santos.
Pertenceu inicialmente à firma “Manuel Francisco Afonso Herdeiros Lda.”, operando como embarcação de tráfego local. Foi adquirido, em 1972, pela empresa “Unisado – União Salineira do Sado, lda”, que vendeu o galeão, em 1984, a Henri Frank van Uffelen Elisabeth. Este submeteu-o a obras de reconversão. Em 1997 foi sujeito à retirada de alguns dos seus elementos descaracterizadores.
Em 2004 foi adquirido pela Câmara Municipal de Alcácer do Sal. Naufragou no ano seguinte junto à praia “dos Fuzileiros”, em Tróia, só regressando “a casa” em 2007, depois de uma complexa operação de resgate e do seu total restauro, com substituição do cavername, aparelhagem, motor, instalação elétrica e modernização dos sistemas de segurança.
O Galeão Pinto Luísa  foi construído em Setúbal, em 1946, este galeão mede 19,30 metros e tem uma lotação de meia centena de pessoas. Deve o seu nome ao primeiro proprietário, o sr. Pinto que, ao batizar a embarcação, ao seu nome acrescentou o da sua filha, Luísa. Foi adquirido por Carlos Bicha, de Alcácer do Sal, que o utilizou para transporte, nomeadamente de sal, até que, em 1985, Venâncio Bicha, neto do anterior proprietário, o converteu em embarcação de lazer.
Em 2003 foi adquirido pela Câmara Municipal de Alcácer do Sal e em 2006 iniciou uma intervenção de recuperação global.

Agência de Notícias

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