PCP confronta Governo sobre obras em escola de Corroios

Alunos da João de Barros têm aulas em contentores há quatro anos 

Os deputados comunistas confrontaram o Governo acerca da Escola João de Barros, em Corroios, no Seixal, cujo concurso internacional para a conclusão das obras, paradas há mais de dois anos, só está previsto para 2015. Os alunos continuam a ter aulas em contentores, em condições que, de acordo com os deputados comunistas eleitos pelo circulo de Setúbal no Parlamento, Paula Santos, Bruno Dias e Francisco Lopes,  “deixam muito a desejar”. Além disso, explicam os deputados, o arrastar das obras é  algo "desastroso do ponto de vista financeiro, uma vez que durante este período há um custo associado com o aluguer dos contentores". A estas contas juntam-se mais cinco mil euros pagos a uma entidade privada para que os alunos possam ter aulas de educação física. 

Obras na Escola João de Barros ainda sem data prevista 

Os deputados do PCP não entendem como é que "foram informados de que a Parque Escolar tomou posse administrativa da empreitada a 23 de Novembro de 2012 e que, passados quase dois anos, o lançamento do concurso esteja previsto só para 2015". O grupo parlamentar do Partido Comunista Português  explica que a Empresa Parque Escolar (EPE) já apresentou vários prazos para dar "andamento aos procedimentos que conduzam ao recomeço das obras, mas até ao momento nenhum foi cumprido”.
O grupo parlamentar comunista revela que teve conhecimento de que a última calendarização para o avanço do processo é de três meses para a negociação com os projetistas, seguindo-se a preparação do concurso internacional, estando prevista a conclusão das obras para 2018. Os deputados referem ainda que com esta calendarização significa que a “escola vai funcionar, pelo menos, mais quatro anos em monoblocos”, sendo esta situação “insustentável” para alunos e professores daquela escola em Corroios.
Os comunistas lembram que há quatro anos que os “alunos têm aulas em contentores” e que os “atuais contentores não aguentam mais quatro anos de utilização”, apesar de terem sido sujeitos a uma “intervenção de manutenção, conservação e substituição do piso”. Os deputados valorizam a iniciativa, mas lembram que estas obras de restauração “não resolvem os problemas de fundo ao nível das condições de ensino e aprendizagem”.

Situação "desastrosa" 
A escola secundária João de Barros iniciou o ano letivo “sem condições mínimas de funcionamento”, com cerca de “dois terços da sua área vedada para obra”, recordam os deputados. Os comunistas consideram que, para além das limitações de espaço, esta situação influencia “os problemas relacionados com a acústica”, bem como com as “condições climatéricas adversas”.
O facto de o Governo não terminar esta obra, o mais rapidamente possível, é visto pelos deputados do PCP como algo “desastroso do ponto de vista financeiro, uma vez que durante este período há um custo associado com o aluguer dos contentores”, assim como é efetuado o “pagamento de cinco mil euros”, a uma entidade privada, para a “utilização de campos desportivos para a disciplina de educação física”.
Os representantes comunistas responsabilizam as “políticas do Governo” e a“atuação da Empresa Parque Escolar” por toda esta situação, que pode ficar ainda mais agravada, com o passar do tempo, visto que a “obra se vai degradando, acarretando custos acrescidos”, conclui a nota dos deputados Paula Santos, Bruno Dias e Francisco Lopes. 

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