Mostra de Maçã Camoesa foi um sucesso em Sesimbra

Centenas de pessoas à procura da Maçã Camoesa 

"Trouxe pouco mais de 200 quilos de maçã camoesa, e nem sequer sobrou uma. Estou muito satisfeito". As palavras são de António Cláudio, produtor de Maçã Camoesa, que esteve presente na 2.ª Mostra de Maçã Camoesa ou Férrea Azoia – Variedade Tradicional da Região de Sesimbra, realizada nos dias 4 e 5 de Outubro, na Moagem de Sampaio, em Sesimbra. O certame atraiu centenas de pessoas e foi integrado na mostra Sabores da Nossa Terra – Venda de Produtos Locais, que decorre aos fins-de-semana no mesmo local. Atualmente existem no concelho oito produtores de Maçã Camoesa, e cerca de 1400 árvores de Maçã Camoesa. A produção anual ronda as 12 toneladas.

Atualmente existem apenas oito produtores da Maçã Camoesa 

Quem esteve presente teve ainda oportunidade de adquirir doçaria à base desta maçã, confecionada por Délia Ezequiel, da padaria Tia Cininha. "Lançaram-nos o desafio de apresentarmos um produto com ligação à campanha Sesimbra é Peixe, e surgiu-nos a ideia de um folhado em formato de peixe com doce de maçã, que esgotou rapidamente. Se soubesse, tinha feito mais", revelou a produtora da maçã tradicional do concelho de Sesimbra.
Para além da maçã camoesa e dos folhados, os visitantes adquiriram pão, Queijos da Azoia, produtos confecionados com figo da índia, produtos hortícolas, chás e compotas.
A par da venda de produtos locais, a iniciativa foi preenchida com a palestra A Importância dos Frutos da Região para a Saúde, proferida por Vera Gamas, homeopata, que falou das propriedade da Maçã Camoesa, da necessidade de uma alimentação à base de produtos da região onde as pessoas se inserem, e da porção de frutas e legumes que deve ser ingerida por dia.
A 2.ª Mostra de Maçã Camoesa ou Férrea Azoia foi organizada pela Câmara Municipal, Junta de Freguesia do Castelo e Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo.

A "doce" história da Maçã Camoesa
Produzida sobretudo na região da Azoia, próximo do Cabo Espichel, a Maçã Camoesa apresenta uma coloração manchada de vermelho na face de maior incidência do sol, sobre um fundo amarelo. É colhida em Setembro, ainda verde, e vai amadurecendo ao longo dos meses seguintes.
Carateriza-se pela consistência da polpa, por ser rica em ferro, e pela acidez, que diminui o seu grau de maturação.
É também um fruto com elevado teor de antioxidantes e polifenóis, muito superiores a outras variedades regionais de maçã, segundo um estudo realizado pelo professor Agostinho Carvalho, da Universidade Egas Moniz, do Monte da Caparica.
Em 2012, a Câmara  de Sesimbra passou a deter o direito exclusivo da marca Maçã Camoesa ou Férrea Azoia – Variedade Tradicional da Região de Sesimbra, no âmbito de uma candidatura apresentada pela autarquia ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
Atualmente existem no concelho oito produtores de Maçã Camoesa, e cerca de 1400 árvores de Maçã Camoesa. A produção anual ronda as 12 toneladas.

Produtores presentes 
José Polido – Maçã Camoesa
António Santos – Maçã Camoesa
José Marques – Maçã Camoesa
António Cláudio – Maçã Camoesa
Joaquim Rodrigues – Maçã Camoesa
Sidónio Rocha – Maçã Camoesa
Tia Cininha – Doces à base de maçã camoesa
Espigas - Pão e doçaria
Sabino Rodrigues – Queijo da Azoia
Cactácea - Figo da Índia
Carlos Marinheiro – Produtos hortícolas
Ana Sotero - Chás e compotas

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