Dia municipal para a igualdade no Barreiro

Dia dedicado ao papel da mulher na sociedade 

No Dia Municipal para a Igualdade, assinalado a 24 de Outubro, a Câmara do Barreiro promoveu uma sessão de apresentação do livro “(re)Contos de Violência Doméstica”, de Filomena Iria, no Espaço J. a autora explicou que este livro contém nove contos ficcionados, mas “onde está muito da minha experiência pessoal”. No mesmo dia, foram distribuídos postais, com a mensagem “A violência doméstica é crime, denuncie-o! Promova a Mudança” e contactos da Conselheira Local para a Igualdade, Apolónia Teixeira. O Dia Municipal para a Igualdade foi promovido por uma Comissão Organizadora, constituída por várias autarquias do País, à qual o Município do Barreiro se associou, anunciou o gabinete de imprensa daquela autarquia. 


Filomena Iria apresentou "Re"Contos de Violência Doméstica 

A sessão que contou com as presenças das vereadoras da autarquia do Barreiro, Regina Janeiro, responsável pela área da Intervenção Social, e Sónia Lobo, responsável pela área dos Recursos Humanos, da Conselheira Local para a Igualdade de Género, Apolónia Teixeira, de Filomena Iria, autora da obra apresentada, e de Telmo Torrinha, do Núcleo de Apoio à Vítima Barreiro/Moita, da RUMO, Cooperativa de Solidariedade Social.
O Plano para a Igualdade de Género, Cidadania e não Discriminação no Município do Barreiro, aprovado em 2013, foi recordado por Regina Janeiro. A vereadora explicou que "este trabalho dispõe de uma intervenção interna junto dos funcionários do Município e, paralelamente, compreende uma perspetiva externa, junto dos parceiros sociais", disse a autarca. O Plano, recorde-se, assenta em quatro eixos estratégicos: Emprego e Conciliação; Educação/Formação; Saúde e Estilos de Vida Saudável; Solidariedade e Coesão Social.
No que diz respeito à igualdade, na opinião de Regina Janeiro, “estamos muito longe do que seria ideal”. Segundo as estatísticas, em relação à taxa de desemprego, esta continua a ser superior nas mulheres, em relação aos homens. No que toca ao salário, existe uma discriminação salarial (as mulheres recebem em média menos 18 por cento do que os homens).
Por sua vez, Apolónia Teixeira está convicta de que as desigualdades entre homens e mulheres estão longe de estar ultrapassadas. “Têm vindo a agravar-se devido à situação sociopolítica em que vivemos. As mulheres são as mais atingidas pelo desemprego, as pensões de velhice são muito baixas, em comparação com o sexo masculino”. Na opinião da Conselheira Local para a Igualdade de Género esta situação deve ser invertida. “Temos de exigir que a igualdade não seja apenas uma efeméride (com datas nacionais e internacionais). Temos de exigir, por exemplo, programas que contribuam para descodificar esta linguagem e imagens associadas à sexualização do corpo da mulher”, disse Apolónia Teixeira. 

 "Re"contos com a “Violência Doméstica”
Barreiro quer mais igualdade entre mulheres e homens 
Apesar de existirem outras situações de grande preocupação, a Conselheira explicou que foi escolhido o tema da Violência Doméstica para uma primeira ação do Plano para a Igualdade “porque consideramos um tema dramático que afeta, cada vez mais, largos setores da população, para além das mulheres, também os homens, as crianças e os idosos. É transversal”.
Emocionada, a autora barreirense apresentou o seu livro “(re)Contos de Violência Doméstica”, um trabalho que lhe possibilitou afastar os seus próprios “demónios”. Partilhou que, entre os anos 2000 e 2005, viveu “o terror sem ter coragem de dizer basta”.
Explicou que este livro contém nove contos ficcionados, mas “onde está muito da minha experiência pessoal”.
Pretende através desta obra e do seu perfil no facebook transmitir uma mensagem de esperança e luta a todos os que sofrem e informou que o valor recolhido com a venda do livro reverte para a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).
Em relação aos dados estatísticos nacionais referentes aos casos de violência doméstica, conjugal, Telmo Torrinha informou que o distrito de Setúbal encontra-se em terceiro lugar, sendo a maior parte dos agressores do sexo masculino. Chamou, ainda, à atenção para os casos de violência sobre a população idosa e sobre os deficientes.
Ao longo da manhã, no Mercado Municipal 1º Maio e no comércio, a Conselheira Local para a Igualdade, Apolónia Teixeira, distribuiu um postal com a imagem do cartaz e a mensagem “A violência doméstica é crime, denuncie-o! Promova a Mudança”. No verso constavam as informações sobre o acesso, encaminhamento e contato do Número Verde gratuito 800 202 148, assim como os seus contactos (conselheira.igualdade@cm-barreiro.pt, telefone: 912 759 921). 
O atendimento será às 4ª feira de manhã, nos serviços da Câmara Municipal do Barreiro localizados na Rua José Magro, nº 2- A, na cidade do Barreiro.

Agência de Notícias

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