Santiago do Cacém quer mais justiça social

Papel social da Santa Casa está mais vivo do que nunca 

Os 515 anos da Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém foram assinalados no dia 12 de Setembro, com uma missa solene e uma cerimónia comemorativa do aniversário da instituição, que contou com a presença do presidente da autarquia, Álvaro Beijinha, que classificou de “insuficientes” as medidas tomadas até à data pelo Governo, para que sejam atenuadas as dificuldades das famílias. "O Estado deve assumir as suas responsabilidades neste domínio, incrementando políticas sociais e económicas que promovam a justiça social e igualdade entre todos”, lembrou o presidente de Câmara. 

Presidente da autarquia reclama mais justiça social ao Estado 

Na cerimónia, onde marcaram presença, entre outros convidados, o Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém, Jorge Nunes, o presidente da União das Misericórdias, Manuel Lemos, e o Bispo de Beja, D. António Vitalino Dantas, Álvaro Beijinha destacou o papel da Santa Casa a nível local, considerando-a mesmo como “uma peça decisiva naquilo que são os equilíbrios sociais no Município, numa “notável intervenção social e comunitária”.
O chefe do executivo municipal  recordou também que, para além do trabalho desenvolvido pela Santa Casa da Misericórdia, existe no município “um conjunto de instituições de cariz social, que assumem um serviço absolutamente fundamental na qualidade de vida das populações mais necessitadas, fazendo com que Santiago do Cacém seja dos municípios a nível nacional com maior cobertura de equipamentos sociais”. 
Álvaro Beijinha alertou depois para a importância de serem “tomadas decisões e feitas opções políticas que façam com que as pessoas e as famílias tenham a necessidade de recorrer cada vez menos às Instituições Particulares de Solidariedade Social".  O conjunto de medidas tomadas até à data é, diz o autarca, "manifestamente, insuficiente, e o Estado deve assumir as suas responsabilidades neste domínio, incrementando políticas sociais e económicas que promovam a justiça social e igualdade entre todos”.

Santa Casa quer construir sede 
Por sua vez, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém, Jorge Nunes, lamentou que, após mais de cinco séculos de existência, esteja “mais atual do que nunca” a missão de “ajuda ao próximo” que levou à sua constituição. O responsável deu a conhecer aos presentes os projetos em curso e anunciou a aposta da Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém no turismo rural, bem como a intenção de construir uma sede social para a instituição.
Do programa fizeram ainda parte o descerramento de uma placa evocativa e de reconhecimento ao casal benemérito Feliciana Maria Simões e Fernando Limão Chaves e foram entregues, no final, três certificados de acreditação de qualidade às Unidades de Cuidados Continuados da Misericórdia: Residências do Pinhal, Conde Bracial e São João de Deus.


Agência de Notícias

Comentários