Assunção Cristas visita Feira do Porco no Montijo

“Somos uma atividade com futuro e temos condições privilegiadas para produzir porcos no nosso país" 


No dia 27 de Setembro, o presidente da Câmara  do Montijo, Nuno Canta, acompanhou a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, numa visita à 22.ª Feira Nacional do Porco que decorreu naquela cidade entre os dias 26 e 28 deste mês. Nuno Canta, diz que o Montijo "faz da produção e da transformação de carnes a via para o seu desenvolvimento". O autarca sublinhou que muitas das novas dinâmicas empresariais resultam da aposta da autarquia em “acolher, facilitar, simplificar e incentivar o investimento local". A ministra Assunção Cristas enalteceu o dinamismo do sector e agradeceu "a todos os que não desistiram, que se empenharam, que aceitaram os desafios, que quiseram dar a volta", referiu a ministra da agricultura. O Governo lançou ainda um desafio aos empresários do sector: “aumento da produção para ser possível que o país seja autossuficiente em carne de porco”, pediu o secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar que também esteve pelo Montijo. 


Assunção Cristas elogiou a sector da suinicultura no Montijo 

O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, classificou o evento como “o início de um novo ciclo no investimento, no conhecimento, na competitividade e na qualidade da fileira suinícola nacional”, acrescentado que apesar das dificuldades de ordem diversa que o sector tem enfrentado, a “Feira Nacional do Porco continua a afirmar-se como uma das grandes realizações do país nesta área”.
Para o autarca, ter uma associação empresarial como a Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS) a “investir na cidade do Montijo é um exemplo de confiança e apela para que tenhamos consciência da necessidade de um desenvolvimento económico sustentável, que não exclua nenhum cidadão, que esteja ao serviço das pessoas, que defenda o ambiente, os recursos naturais, o património, a cultura e as tradições”.
“O Montijo faz da produção e da transformação de carnes a via para o seu desenvolvimento. Tenho por isso muito orgulho e muita alegria em acolher este certame de dimensão nacional e internacional”, reafirma  Nuno Canta adiantando que “a produção e a transformação de carnes é hoje das atividades mais importantes da base económica do Montijo”.
O autarca sublinhou que muitas das novas dinâmicas empresariais resultam da aposta da autarquia em “acolher, facilitar, simplificar e incentivar o investimento local. Saliento, a título de exemplo, a alteração que fizemos recentemente ao Plano Diretor Municipal, no sentido de um licenciamento mais célere das explorações agrícolas”.

Trilhar caminhos para ser autossuficiente em carne de porco
A ministra Assunção Cristas enalteceu o dinamismo do sector “há três anos, nas nossas primeiras reuniões, existiam muitos problemas. Hoje, queria agradecer a todos os que não desistiram, que se empenharam, que aceitaram os desafios, que quiseram dar a volta. De facto são a mostra de quando as pessoas se juntam, se unem, trabalham em torno de objetivos comuns é possível ultrapassar problemas e encontrar oportunidades”.
Quando falamos de suinicultura, diz a ministra, "falamos de uma fileira grande com muitos serviços e bens a serem prestados, com muitas empresas envolvidas a montante e a jusante e isso é extraordinariamente positivo e era bom que em outros sectores também pudéssemos desenvolver esta lógica de fileira”, afirmou Assunção Cristas.
Nuno Vieira e Brito, secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, realçou que a Feira é um exemplo “do dinamismo empresarial e do interesse por este sector”. Na sua intervenção, o governante abordou diversos aspetos envolventes à fileira do porco, como a legislação ou o esforço de internacionalização, e lançou um desafio aos empresários do sector: “aumento da produção para ser possível que o país seja autossuficiente em carne de porco”.
Por sua vez, Vítor Menino presidente da Federação Portuguesa das Associações de Suinicultores (FPAS) e da Comissão Organizadora da Feira Nacional do Porco, acredita que estão reunidas condições necessárias ao sucesso da fileira suinícola: “somos uma atividade com futuro e temos condições privilegiadas para produzir porcos no nosso país dado que temos terras e água abundante, clima invejável e 'saber-fazer' como os melhores”.
De acordo com o líder da FPAS "devolver a esperança e o investimento ao sector Suinícola é o principal objectivo que nos move. Esperança que permita trazer jovens a acreditar e a apostar no sector de forma a que rapidamente sejamos auto-suficientes em carne de porco no nosso País", diz Vítor Menino que não "me canso de repetir, somos uma actividade com futuro, temos condições privilegiadas para produzir porcos no nosso país".

Assinaturas de protocolos 
O dia foi, ainda, marcado pela assinatura de três protocolos: um com a Universidade de Trás os Montes (UTAD) que visa a participação de projetos de investigação, formação e transferência de tecnologia; um segundo com o INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (Pólo da Estação Zootécnica Nacional) que tem por objetivo o aprofundamento de estudos e o apoio à manutenção do Malhado de Alcobaça, raça em elevado perigo de extinção; e o terceiro protocolo assinado com o INIAV e a EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva procura o desenvolvimento de unidades experimentais de compostagem, visando a valorização de subprodutos agrícolas e pecuários.
A 22.ª Feira Nacional do Porco, que decorreu entre 26 e 28 de Setembro, contou com a presença de mais de 200 empresas do setor, jornadas técnicas, workshops, área de restauração/gastronomia e ainda espetáculos dirigidos ao público em geral.




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