Alcochete pede empréstimo de 7 milhões ao BES

Câmara pede empréstimo de sete milhões devido a "desequilíbrio financeiro"

A Câmara de Alcochete anunciou na passada sexta-feira que vai pedir um empréstimo bancário de sete milhões de euros para executar um plano de saneamento financeiro, referindo que o município está em "desequilíbrio financeiro conjuntural", refere fonte da autarquia ribeirinha. O empréstimo aprovado em Assembleia Municipal vai ser contraído ao antigo Banco Espírito Santo, que a partir de hoje se passa a chamar Novo Banco. O empréstimo terá a duração de 12 anos. 


Dificuldades financeiras obrigam Câmara de Alcochete a empréstimo 

"A contracção deste empréstimo está relacionada com a resolução da situação de desequilíbrio financeiro conjuntural em que o município se encontra e consequente necessidade de concretização do plano de saneamento financeiro", refere a autarquia em comunicado enviado ao ADN.
O empréstimo de médio e longo prazo para a execução do plano foi aprovado, por maioria, na Câmara e na Assembleia Municipal.
Em Maio, a autarquia avançou para uma consulta às instituições de crédito por forma a considerar os respectivos encargos financeiros de avançar com o plano.
"Os serviços municipais procederam à análise das propostas apresentadas pelas instituições de crédito, após a qual a Câmara Municipal e a Assembleia Municipal aprovaram a autorização para a contracção do referido empréstimo, por um período de 12 anos, ao Banco Espírito Santo (BES)", concluiu a autarquia em comunicado na passada sexta feira. 

Nasceu um Novo Banco ontem à noite 
No entanto... o BES "foi extinto" durante o fim de semana e foi criado um "banco na hora": nasceu ontem às 22h45 o Novo Banco. Para os clientes, não há diferença no quotidiano a não ser no nome da instituição. Mas quanto à segurança, ela é maior, porque o Novo Banco não tem contágio dos ativos tóxicos.
"Tenho o prazer de ter sido nomeado para liderar o Novo Banco. Para os nossos clientes e colaboradores apenas uma coisa mudou - o seu Banco está agora mais forte e seguro que antes. As incertezas que ameaçavam a instituição nos últimos tempos foram afastadas", refere o comunicado assinado por Vítor Bento, o homem forte do Novo Banco.
Na nota entretanto divulgada, o presidente executivo destaca que "o Novo Banco leva também consigo os fatores-chave que o vão tornar uma das principais instituições financeiras, nomeadamente, uma equipa de trabalho dedicada, um forte foco no cliente e um extenso portefólio de serviços bancários que irão contribuir para o progresso da economia portuguesa".
Vítor Bento deixa ainda uma nota de agradecimento aos colaboradores e aos clientes nacionais e internacionais, "que têm sido tão pacientes nos últimos tempos, enquanto se definia a solução que garantisse uma sólida base financeira para um crescimento futuro".
O Banco de Portugal anunciou ontem ao fim da noite um plano de capitalização do Banco Espírito Santo (BES) de 4.900 milhões de euros e a separação dos ativos tóxicos ('bad bank') dos restantes que ficam numa nova instituição, o Novo Banco, onde se deverá incluir o empréstimo da Câmara de Alcochete.

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