50 mil pessoas passaram pelo Sol da Caparica

"Aconteça o que acontecer, voltaremos sempre"

Foi anunciado em cima da meta (Maio) e sem patrocinadores, posicionado num fim-de-semana com dois concorrentes mais experientes mas a primeira edição do Sol da Caparica deu à Costa um festival acima de todas as expectativas com adesão popular, uma organização imaculada e uma comunhão entre músicos salutar e decisiva para reforçar o conceito e criar efeito-surpresa. Ao todo estiveram mais de 50 mil pessoas no 'Sol da Caparica. A primeira edição do festival chegou ao fim como uma "aposta ganha". Câmara de Almada confirma mais festa no próximo ano. O festival do próximo ano começou no dia em que a edição inaugural terminou. O sol descobriu uma praia na Caparica.

Mais de 50 mil pessoas passaram pelo festival da Costa de Caparica 


Mais de 50 mil pessoas passaram de 14 a 17 de Agosto pelo parque urbano da Costa de Caparica, fazendo da primeira edição de 'O Sol da Caparica' um sucesso. "Tivemos uma afluência acima das expectativas, foi uma aposta ganha", diz Joaquim Judas, presidente da Câmara de Almada, que esteve por detrás da organização do festival.
As expectativas iniciais do município apontavam para uma adesão de 10 mil a 20 mil festivaleiros. Apesar de o balanço financeiro não estar feito - a autarquia investiu um milhão de euros -, Joaquim Judas afirma que esta é uma aposta para continuar: "Em 2015 haverá nova edição porque queremos fazer deste festival um grande acontecimento do País". 
Joaquim Judas, antes do concerto de Anselmo Ralph, no sábado, dirigiu algumas palavras ao público presente no festival e afirmou que “aconteça o que acontecer, voltaremos sempre”, disse o autarca.
Joaquim Judas, divulgou que a lotação do recinto esgotou durante os três dias, dirigindo-se aos mais de vinte mil espetadores presentes, junto ao palco SIC/RFM, afirmou: “Este festival é dedicado à música portuguesa e à paz”, acrescentou também que “para o ano em Agosto e nos anos que se seguem o Sol da Caparica voltará”. 
Judas era, por esta altura, um homem feliz. Uma "felicidade" que se prolongou no público, nos artistas e na organização. O presidente saiu do palco com um longo aplauso e um “sejam felizes!”. 
Com os primeiros acordes da maior atração da noite de sábado, Anselmo Ralph, o público mostrou-se isso mesmo, feliz e viveu com entusiasmo a última noite de um festival que, de facto, veio para ficar e afirmar-se como uma referência na Área Metropolitana de Lisboa e da música portuguesa.

Sucesso gigante na Caparica 
Deolinda, uma das bandas mais aplaudidas ao Sol da Caparica 
"A resposta do público e dos artistas foi de grande alegria. As pessoas usufruíram da música, do parque e das atividades alternativas", conta António Miguel Guimarães, diretor artístico. Depois de na sexta-feira Deolinda, Expensive Soul e Pedro Abrunhosa terem aquecido a noite, domingo foi a vez de Ceuzany, 
António Zambujo, David Fonseca e Anselmo Ralph encerrarem o festival, que contou com um público maioritariamente jovem e muitas famílias.
Apesar da experiência do promotor António Miguel Guimarães e de alguns membros da produção, uma primeira edição envolve sempre dores de crescimento. Pesou favoravelmente o conhecimento do terreno da equipa envolvida e a primeira vez do Sol da Caparica mais parecia um festival com anos de lastro e conhecimento adquirido. Em três dias, uma falha notada apenas quando o PA se calou durante o concerto de David Fonseca. De resto, folha em branco sem registo de incidentes em palco ou fora dele. À moda crescente de convidar público a subir ao palco, iniciada pelos Buraka Som Sistema e agora prolongada por Pedro Abrunhosa, a resposta foi ordeira e materializada em gigas de selfies partilhadas compulsivamente nas redes sociais ao longo dos três dias.
Mas o festival só acabou, de verdade, com a festa para os mais pequenos e para muita famílias na tarde de domingo. Nunca ninguém tinha convidado o lendário Avó Cantigas para o encerramento de um festival. Mas ao Sol da Caparica "tudo passa a ser possível e único", explicava Lúcia Revez, uma das 9600 pessoas que
por lá andavam no último dia. Promete voltar para o ano.
Já não há razões para se falar num divórcio entre o público e a música portuguesa.Um exercício rápido de memória encontra nomes em número para construir um segundo cartaz sem repetições. O festival do próximo ano começou no dia em que a edição inaugural terminou. O sol descobriu uma praia na Caparica. Mas, para terminar, seria boa ideia "separar  do calendário" o Sol da Caparica do Rock no Sado, em Setúbal, também ele dedicado à música portuguesa.

Agência de Notícias

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