Política local de apoio ao imigrante avaliada na Moita

Câmara da Moita e parceiros avaliam política local de apoio ao imigrante

Consciente de que há um conjunto significativo de obstáculos legislativos para os imigrantes que escolheram o concelho da Moita para residir e trabalhar, o executivo da Câmara da Moita, esteve reunido com o movimento associativo dos imigrantes e com os Centros Locais de Apoio à Integração de Imigrantes existente no concelho; no Vale da Amoreira e Alhos Vedros.


Câmara da Moita reuniu com parceiros sociais de apoio ao imigrante

De acordo com a autarquia da Moita, o "objetivo deste encontro, integrado no Roteiro Social, foi o de perceber quais as atuais dificuldades sentidas pelos parceiros, num momento de agravamento das condições socioeconómicas para a generalidade das famílias".
A este propósito, o presidente da Câmara, Rui Garcia, recordou que, no que respeita aos direitos dos imigrantes, as políticas restritivas de imigração “só têm vindo a gerar casos mais graves de marginalização social, de exploração desenfreada e de violações dos direitos enquanto trabalhadores”, tendo defendido "novas políticas governamentais pela legalização dos imigrantes e suas famílias e pela igualdade de direitos entre trabalhadores estrangeiros e nacionais", realçou o chefe do executivo municipal.
Sendo as questões da imigração uma competência da Administração Central, Rui Garcia não deixou de vincar, por exemplo, a importância dos CLAII, [Centros Locais de Apoio à Integração de Imigrantes], um dos quais a funcionar no Centro Multisserviços no Vale da Amoreira, por iniciativa do Município. Este CLAII, lembra a autarquia, "presta um importante apoio social, que vai desde a renovação de vistos de residência, até ao encaminhamento de pedidos de habitação social junto do ACIDI, além de promover uma forte ligação com todos os níveis de ensino no Vale da Amoreira".

“Todos os dias recebemos pedidos de apoio”
A representante da Associação de Solidariedade Caboverdiana dos Amigos da Margem Sul, Luísa Brito, deu a conhecer os vários projetos que a associação tem em curso, destacando a ajuda alimentar, e realçou a "importância do trabalho de parceria, valorizando o aproveitamento do edifício do Centro Multisserviços", onde quase todos os dias são recebidos pedidos de apoio.
Eduardo Monteiro, presidente da Associação de Imigrantes Guineenses, dando conta da sua atividade, reiterou o "compromisso de ajudar à integração da comunidade guineense". Esta associação desenvolve vários projetos de intervenção social, tendo estabelecido protocolos de colaboração onde se inclui a Câmara da Moita.
Este é o mote da Fundação Santa Maria Rafaela que assegura o funcionamento do CLAII da Fonte da Prata (o segundo existente no Município). Os projetos desta instituição passam fundamentalmente pela parceria com outras entidades, dando enfoque às áreas da juventude, do emprego e do apoio psicológico.
Rui Garcia, que se fez acompanhar da vereadora dos Assuntos Sociais, Vivina Nunes, solicitou, ainda, a todas as associações e entidades para que "façam bom uso do Centro Multisserviços do Vale da Amoreira, no sentido de se retirar ainda mais proveito desta e de todas as instalações municipais existentes no concelho, precisamente para promover uma política de integração social, com efetivas condições de acesso aos equipamentos culturais e desportivos", concluiu o presidente da Câmara da Moita.

Agência de Notícias

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