Seixal em marcha a favor da construção do hospital e centros de saúde
No próximo domingo, dia 6 de Julho, a Plataforma Juntos pelo Hospital no Concelho do Seixal promove uma caminhada, a partir das 9.30 horas, entre a Ponte da Fraternidade e o Parque da Quinta dos Franceses, como forma de reivindicar a construção do Hospital no Seixal, a abertura de novos centros de saúde no concelho e a defesa do Serviço Nacional de Saúde.
A recente publicação da portaria que retira funções aos hospitais do Barreiro, Montijo e Setúbal concentrando-as no Hospital Garcia de Orta, em Almada, vem, diz a Plataforma Juntos pelo Hospital no Concelho do Seixal, "aprofundar o problema de sobrelotação deste hospital, e tornar cada vez mais premente a construção de um hospital no concelho do Seixal que sirva os cerca de 500 mil habitantes dos concelhos do Seixal, Almada e Sesimbra, novo equipamento complementar ao Garcia de Orta, hoje em dia completamente saturado e sem capacidade de resposta".
A juntar a esta situação, diz ainda a organização da caminhada, "as respostas de saúde têm vindo a ser retiradas de forma compulsiva deixando os munícipes do Seixal sem médicos de família e sem Serviços de Atendimento Permanente onde se possam deslocar em caso de necessidade, totalizando quase 41 mil pessoas sem médico de família no concelho do Seixal".
Recorde-se que a 26 de Agosto de 2009 o governo [então liderado por José Sócrates] reconheceu esta necessidade como prioritária ao celebrar com o município um acordo estratégico para construção do hospital no Seixal, cuja obra estaria pronta em 2012.
"Esse acordo estratégico estabelece as fases e a calendarização para o lançamento do concurso público para o projeto até ao final de 2009 e a conclusão da construção do hospital durante o ano de 2012. Determina ainda que o Ministério da Saúde articule com o Município do Seixal a preparação dos concursos públicos internacionais". O processo foi, entretanto, suspenso pelo atual ministro da Saúde, Paulo Macedo.
"Estamos em Junho de 2014 e o Estado não cumpriu uma vez mais o compromisso que assumiu com as populações de Seixal, Almada e Sesimbra. Este retrocesso constitui uma penalização gravíssima no acesso à saúde para os munícipes destes Concelhos", conclui a Plataforma Juntos pelo Hospital no Concelho do Seixal.
IRS do concelho pagava hospital num ano
De acordo com a Câmara, o investimento previsto para a construção deste hospital, para o qual há terrenos públicos disponíveis no Fogueteiro, no concelho do Seixal, é de 60 milhões de euros, um investimento que Joaquim Santos, chefe do executivo municipal, considera "adequado". Segundo o autarca, "o custo social, das pessoas e funcionários do Garcia de Orta [Almada], é muito superior a estes 60 milhões. Só a população do Seixal, em IRS, paga mais de 200 milhões por ano”.
"Tem que haver uma solução para o Garcia de Orta e, dos estudos que foram feitos pelo ministério da Saúde, a ampliação do Garcia de Orta seria, em termos de investimento, quase idêntica à construção de um hospital complementar no Seixal", afirmou o presidente da Câmara, no final do ano passado.
O processo para a construção de um novo hospital no Seixal foi suspenso em Agosto de 2011 "para avaliação, no quadro dos compromissos internacionais assumidos pelo Estado português", disse o Ministério da Saúde.
Para fundamentar a sua decisão, o Ministério da Saúde recorre ao memorando de entendimento assinado com a troika, no qual se refere a "suspensão da implementação das novas parcerias público-privadas e dos grandes projectos de infra-estruturas até à conclusão de uma avaliação exaustiva da sua viabilidade".
Na altura, a Câmara do Seixal garantia que "não há qualquer justificação para que o processo do hospital do Seixal continue a ser adiado", já que o equipamento "é uma absoluta e inadiável prioridade" para as 400 mil pessoas dos municípios do Seixal, Almada e Sesimbra. Uma ideia que mantêm perante o silêncio absoluto do ministro da Saúde.
No próximo domingo, dia 6 de Julho, a Plataforma Juntos pelo Hospital no Concelho do Seixal promove uma caminhada, a partir das 9.30 horas, entre a Ponte da Fraternidade e o Parque da Quinta dos Franceses, como forma de reivindicar a construção do Hospital no Seixal, a abertura de novos centros de saúde no concelho e a defesa do Serviço Nacional de Saúde.
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| População e autarquias voltam a pedir hospital do Seixal |
A recente publicação da portaria que retira funções aos hospitais do Barreiro, Montijo e Setúbal concentrando-as no Hospital Garcia de Orta, em Almada, vem, diz a Plataforma Juntos pelo Hospital no Concelho do Seixal, "aprofundar o problema de sobrelotação deste hospital, e tornar cada vez mais premente a construção de um hospital no concelho do Seixal que sirva os cerca de 500 mil habitantes dos concelhos do Seixal, Almada e Sesimbra, novo equipamento complementar ao Garcia de Orta, hoje em dia completamente saturado e sem capacidade de resposta".
A juntar a esta situação, diz ainda a organização da caminhada, "as respostas de saúde têm vindo a ser retiradas de forma compulsiva deixando os munícipes do Seixal sem médicos de família e sem Serviços de Atendimento Permanente onde se possam deslocar em caso de necessidade, totalizando quase 41 mil pessoas sem médico de família no concelho do Seixal".
Recorde-se que a 26 de Agosto de 2009 o governo [então liderado por José Sócrates] reconheceu esta necessidade como prioritária ao celebrar com o município um acordo estratégico para construção do hospital no Seixal, cuja obra estaria pronta em 2012.
"Esse acordo estratégico estabelece as fases e a calendarização para o lançamento do concurso público para o projeto até ao final de 2009 e a conclusão da construção do hospital durante o ano de 2012. Determina ainda que o Ministério da Saúde articule com o Município do Seixal a preparação dos concursos públicos internacionais". O processo foi, entretanto, suspenso pelo atual ministro da Saúde, Paulo Macedo.
"Estamos em Junho de 2014 e o Estado não cumpriu uma vez mais o compromisso que assumiu com as populações de Seixal, Almada e Sesimbra. Este retrocesso constitui uma penalização gravíssima no acesso à saúde para os munícipes destes Concelhos", conclui a Plataforma Juntos pelo Hospital no Concelho do Seixal.
IRS do concelho pagava hospital num ano
De acordo com a Câmara, o investimento previsto para a construção deste hospital, para o qual há terrenos públicos disponíveis no Fogueteiro, no concelho do Seixal, é de 60 milhões de euros, um investimento que Joaquim Santos, chefe do executivo municipal, considera "adequado". Segundo o autarca, "o custo social, das pessoas e funcionários do Garcia de Orta [Almada], é muito superior a estes 60 milhões. Só a população do Seixal, em IRS, paga mais de 200 milhões por ano”.
"Tem que haver uma solução para o Garcia de Orta e, dos estudos que foram feitos pelo ministério da Saúde, a ampliação do Garcia de Orta seria, em termos de investimento, quase idêntica à construção de um hospital complementar no Seixal", afirmou o presidente da Câmara, no final do ano passado.
O processo para a construção de um novo hospital no Seixal foi suspenso em Agosto de 2011 "para avaliação, no quadro dos compromissos internacionais assumidos pelo Estado português", disse o Ministério da Saúde.
Para fundamentar a sua decisão, o Ministério da Saúde recorre ao memorando de entendimento assinado com a troika, no qual se refere a "suspensão da implementação das novas parcerias público-privadas e dos grandes projectos de infra-estruturas até à conclusão de uma avaliação exaustiva da sua viabilidade".
Na altura, a Câmara do Seixal garantia que "não há qualquer justificação para que o processo do hospital do Seixal continue a ser adiado", já que o equipamento "é uma absoluta e inadiável prioridade" para as 400 mil pessoas dos municípios do Seixal, Almada e Sesimbra. Uma ideia que mantêm perante o silêncio absoluto do ministro da Saúde.
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