Advogado de Grândola preso por violação a menores

Antigo dirigente socialista de Grândola condenado por abuso sexual de menores

Antigo líder da concelhia do PS em Grândola é acusado de três crimes de abuso sexual de menores, tendo sido detido no tribunal e levado para a cadeia de Setúbal por haver perigo de fuga para o estrangeiro. Até ao julgamento, que começou no final de Junho, o advogado estava em liberdade e continuava a exercer a sua profissão. Foi agora condenado a cinco anos e meio de prisão. 

Tribunal decretou prisão a advogado que violou meninas em Grândola 

Os juízes que na segunda-feira condenaram o advogado João Marcelino Rodrigues a cinco anos e meio de prisão por abuso sexual de crianças, determinaram a prisão preventiva do arguido, alegando "perigo de fuga".
Segundo revelou esta terça-feira à Lusa fonte judicial, o coletivo de juízes do Tribunal de Grândola considerou que o advogado e antigo presidente da concelhia do PS de Grândola, que é casado com uma mulher de nacionalidade brasileira com residência no Brasil, poderia fugir do País, pelo que lhe agravaram a medida de coação para prisão preventiva. 
O arguido, que até à sentença estava proibido de contactar com as vítimas, recolheu de imediato ao Estabelecimento Prisional de Setúbal. Mesmo que recorra da decisão do tribunal, o arguido deverá continuar em prisão preventiva, porque o recurso não tem efeito suspensivo das medidas de coação.
A agência Lusa tentou saber junto do advogado de defesa, Agostinho Ferreira, se tencionava recorrer da sentença aplicada ao seu cliente, mas este escusou-se a prestar declarações.

Arguido terá violado filhas de clientes 
Foi em Julho de 2012 que surgiu a primeira queixa contra o advogado, de 50 anos. Esta acabou por ser arquivada depois de os pais da vítima terem entendido que se tratava de uma vingança por parte da avó. No entanto, até final desse ano, chegaram outras quatro queixas de abusos sexuais de menores à PJ de Setúbal, todas com relatos muito semelhantes. Segundo a acusação, o advogado aproveitou-se da situação frágil em que as crianças se encontravam para consumar os atos. Primeiro, pedia às mães para ficar a sós com as menores para as preparar para o testemunho nos processos. Depois, terá consumado os abusos.
Na altura em que foi conhecido o primeiro caso, Marcelino Rodrigues negou ter cometido qualquer crime e disse que tudo não passava de uma vingança. 
Já em julgamento, João Marcelino Rodrigues, negou perante o coletivo de juízes qualquer abuso sexual de crianças e afirmou estar a ser alvo de uma campanha difamatória. O advogado foi julgado em tribunal pelos quatro crimes de abuso sexual de menores de que é acusado pelo Ministério Público. As crianças são filhas de clientes que defendia em processos de violência doméstica e têm entre 9 e 11 anos. 
Até ao julgamento, que começou no final de Junho, o advogado estava em liberdade e continuava a exercer a sua profissão.

Agência de Notícias

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