Seixal contra redução dos serviços de Segurança Social

Segurança Social da Amora vai passar a funcionar com apenas dois dias de atendimento

A Câmara do Seixal manifestou-se contra a redução dos serviços de Segurança Social no concelho, defendendo a reposição do atendimento social todos os dias úteis da semana. A autarquia aprovou uma moção na reunião pública de câmara, referindo que foi informada pelo centro distrital de Segurança Social que o serviço local de Ação Social do Seixal, a funcionar nos serviços da Segurança Social da Amora, vai passar a funcionar com apenas dois dias de atendimento e só para os munícipes da freguesia de Corroios. Consideram os autarcas que se assiste assim a "uma política de desumanização das políticas públicas da Saúde e Segurança Social, com um forte impacto junto dos mais pobres e de outros grupos debilitados pela 'crise', tratando-se de uma 'reforma' completamente desajustada às reais necessidades das populações no município do Seixal", explica a autarquia. 
Segurança Social reduz atendimento no concelho do Seixal 

De acordo com a Câmara do Seixal, “nem todos os munícipes do concelho têm a mesma igualdade de acesso aos serviços da Segurança Social. Importa referir que a freguesia de Corroios está presentemente sem atendimento social descentralizado no território, por não haver contratualização com uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) local”, refere a autarquia em comunicado. 
O documento refere que a reforma dos serviços pressupõe, além dos dois dias semanais de atendimento, a disponibilização de um serviço de agendamento de visitas domiciliárias e atendimentos presenciais, a funcionar por marcação telefónica a partir do centro distrital em Setúbal.
“Não obstando à diminuição de atendimento presencial, verifica-se um acentuado distanciamento dos serviços técnicos, pela substituição por modelos de marcação telefónica, originando uma total negação da proximidade, que as temáticas da ação social pressupõem e impõem”, acrescenta o documento. 
O executivo municipal exige a reposição do atendimento social todos os cinco dias da semana. “A Câmara Municipal do Seixal repudia esta suposta reorganização dos serviços da Segurança Social”, bem como “qualquer intenção de encetar uma municipalização da Segurança Social”, diz o documento. 
Consideram os autarcas que se assiste assim a "uma política de desumanização das políticas públicas da Saúde e Segurança Social, com um forte impacto junto dos mais pobres e de outros grupos debilitados pela 'crise', tratando-se de uma  'reforma' completamente desajustada às reais necessidades das populações no município do Seixal", explica a autarquia. 
A Câmara afirma que se trata de "um retrocesso de mais de 10 anos, [pois o Município do Seixal passou a ter um serviço descentralizado de Segurança Social, anteriormente concentrado em Almada, em 2004], o que irá representar um enorme prejuízo e desqualificação do serviço público de Ação Social neste território, no momento em que se vive uma profunda crise económica e social", sublinha a autarquia.
Assim, a Câmara do Seixal quer "uma política de proximidade que permita a ligação permanente aos problemas e o combate pela sua resolução, imputando a responsabilidade a quem verdadeiramente a detém", conclui o texto da moção. 

Comentários