Eleitos do PS viabilizam Mesa de Assembleia da União das Freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira ao Chega
A noite de segunda-feira prometia rotina política, mas acabou por virar manchete. Na União das Freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira, eleitos do PS votaram de forma contrária à orientação do partido e viabilizaram a presidência da Mesa da Assembleia ao Chega, a terceira força política mais votada nas eleições autárquicas de 12 de Outubro. Nenhum socialista apoiou a lista apresentada pelo próprio PS, e o resultado final apanhou todos de surpresa.![]() |
| Lista do Chega à Assembleia de Freguesia ganhou com os votos do PS |
Nas urnas, a CDU saiu vencedora das eleições, ultrapassando o PS por quatro votos de diferença.
O equilíbrio foi evidente: CDU, PS e Chega conquistaram seis mandatos cada, enquanto o PSD arrecadou apenas um.
Perante esta distribuição, as três forças políticas decidiram apresentar listas para a Mesa da Assembleia.
A primeira votação terminou em impasse: todas as listas - CDU, PS e Chega - foram rejeitadas.
Mas na segunda ronda, o cenário mudou de forma inesperada. A lista apresentada pelo Chega foi eleita com 9 votos, deixando a CDU com 7, o PS com zero e registando-se ainda três votos em branco.
A leitura foi imediata: elementos da bancada socialista terão votado na proposta do Chega, abrindo caminho a um resultado que contraria frontalmente a orientação do partido a nível nacional.
O equilíbrio foi evidente: CDU, PS e Chega conquistaram seis mandatos cada, enquanto o PSD arrecadou apenas um.
Perante esta distribuição, as três forças políticas decidiram apresentar listas para a Mesa da Assembleia.
A primeira votação terminou em impasse: todas as listas - CDU, PS e Chega - foram rejeitadas.
Mas na segunda ronda, o cenário mudou de forma inesperada. A lista apresentada pelo Chega foi eleita com 9 votos, deixando a CDU com 7, o PS com zero e registando-se ainda três votos em branco.
A leitura foi imediata: elementos da bancada socialista terão votado na proposta do Chega, abrindo caminho a um resultado que contraria frontalmente a orientação do partido a nível nacional.
A resposta socialista: “Demasiado grave para passar em claro”
A reação não se fez esperar. O presidente da Concelhia da Moita do PS e também presidente da Câmara Municipal, Carlos Albino, classificou a situação como “demasiado grave”.
“Isto é demasiado grave e deverá ter as devidas consequências. O secretariado da Comissão Política Concelhia irá reunir-se esta terça-feira de urgência para avaliar a situação, que não se coaduna com a determinação do PS nacional”, afirmou o socialista, visivelmente indignado.
Albino reforçou que “as forças políticas mais votadas devem ter condições para poder governar” e que essa orientação “foi transmitida de forma clara a todos os eleitos socialistas nos diferentes órgãos autárquicos”.
Recusou, contudo, avançar mais pormenores sobre eventuais medidas internas. Já André Pinotes Batista, presidente da Federação Distrital de Setúbal do PS, optou, para já, por não tecer comentários sobre o episódio que está a agitar as águas políticas no concelho da Moita.
A reação não se fez esperar. O presidente da Concelhia da Moita do PS e também presidente da Câmara Municipal, Carlos Albino, classificou a situação como “demasiado grave”.
“Isto é demasiado grave e deverá ter as devidas consequências. O secretariado da Comissão Política Concelhia irá reunir-se esta terça-feira de urgência para avaliar a situação, que não se coaduna com a determinação do PS nacional”, afirmou o socialista, visivelmente indignado.
Albino reforçou que “as forças políticas mais votadas devem ter condições para poder governar” e que essa orientação “foi transmitida de forma clara a todos os eleitos socialistas nos diferentes órgãos autárquicos”.
Recusou, contudo, avançar mais pormenores sobre eventuais medidas internas. Já André Pinotes Batista, presidente da Federação Distrital de Setúbal do PS, optou, para já, por não tecer comentários sobre o episódio que está a agitar as águas políticas no concelho da Moita.
CDU mantém liderança no executivo da Junta
Apesar do inesperado desfecho na Assembleia, o executivo da Junta da União das Freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira ficou entregue à CDU, liderada por Ana Teresa Fernandes, que assegurou o controlo com 15 votos. A autarquia foi governada no mandato anterior pelo PS.
Apesar do inesperado desfecho na Assembleia, o executivo da Junta da União das Freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira ficou entregue à CDU, liderada por Ana Teresa Fernandes, que assegurou o controlo com 15 votos. A autarquia foi governada no mandato anterior pelo PS.
Agência de Notícias
Fotografia: DR

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