Casal absolvido de burla de 1,7 milhões volta ao tribunal por tráfico em troca de contas bancárias
O casal sueco que, em 2019, foi absolvido pelo Tribunal de Setúbal de uma burla informática avaliada em cerca de 1,7 milhões de euros, está novamente sentado no banco dos réus. Agora, o Ministério Público (MP) acusa o casal de tráfico de droga e de usar estupefacientes como moeda de troca para obter acesso a contas bancárias. O homem enfrenta ainda uma acusação adicional por agressões dentro da prisão.![]() |
| O casal volta a enfrentar a justiça em Setúbal |
O casal tinham sido ilibados das burlas informáticas que, em 2018, atingiram diversas empresas europeias. Na altura, o tribunal considerou que não existiam provas de que fossem eles os responsáveis pelos e-mails fraudulentos usados em esquemas de phishing que levaram ao desvio de cerca de 1,7 milhões de euros.
Durante o julgamento, o homem alegou que apenas disponibilizava contas bancárias a pedido de terceiros, recebendo compensações financeiras, mas garantiu desconhecer a origem ilícita do dinheiro. O tribunal deu peso a este depoimento e, sem indícios no seu computador que o ligassem ao envio das mensagens fraudulentas, absolveu o casal.
Nova acusação: droga trocada por acesso a contas
A investigação relacionada com as burlas trouxe à tona um novo cenário. Durante buscas domiciliárias realizadas pela Polícia Judiciária, foram apreendidas drogas como canábis e cocaína. Este achado deu origem ao processo atual, no qual o MP acusa o casal de tráfico de menor gravidade.
Segundo a acusação, forneciam estupefacientes gratuitamente a consumidores, mas em troca exigiam dados bancários, IBANs e acesso às contas dos mesmos para alimentar os seus negócios financeiros. O MP descreve um sistema de "troco de favores" que permitia aos arguidos utilizar as contas para movimentações suspeitas.
A investigação relacionada com as burlas trouxe à tona um novo cenário. Durante buscas domiciliárias realizadas pela Polícia Judiciária, foram apreendidas drogas como canábis e cocaína. Este achado deu origem ao processo atual, no qual o MP acusa o casal de tráfico de menor gravidade.
Segundo a acusação, forneciam estupefacientes gratuitamente a consumidores, mas em troca exigiam dados bancários, IBANs e acesso às contas dos mesmos para alimentar os seus negócios financeiros. O MP descreve um sistema de "troco de favores" que permitia aos arguidos utilizar as contas para movimentações suspeitas.
Agressões dentro da prisão
Além do tráfico, o homem enfrentará também a acusação de agressão a um colega recluso no Estabelecimento Prisional de Setúbal, onde esteve em prisão preventiva. De acordo com o MP, o agressor responsabilizou o ofendido por uma busca realizada à sua cela durante a qual foram apreendidos vários telemóveis.
Além do tráfico, o homem enfrentará também a acusação de agressão a um colega recluso no Estabelecimento Prisional de Setúbal, onde esteve em prisão preventiva. De acordo com o MP, o agressor responsabilizou o ofendido por uma busca realizada à sua cela durante a qual foram apreendidos vários telemóveis.

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