Almada lidera hospitalização em casa com quase cinco mil doentes acompanhados

Unidade de Hospitalização Domiciliária do Garcia de Orta já acompanhou quase cinco mil doentes e realizou 60 mil visitas

Criada a 16 de Novembro de 2015, a Unidade de Hospitalização Domiciliária do Hospital Garcia de Orta - atualmente integrada na Unidade Local de Saúde Almada-Seixal - celebra dez anos de atividade com números que mostram a dimensão da sua missão: 4 800 doentes tratados e 60 mil visitas domiciliárias, um percurso que, de forma simbólica, representa “10 voltas à Terra”, segundo cálculos da instituição.
10 anos a levar cuidados especializados ao domicílio

Esta foi a primeira estrutura de hospitalização domiciliária em Portugal e teve um papel decisivo na construção do próprio modelo nacional. Participou na elaboração do Plano Nacional para a Hospitalização Domiciliária, colaborou com a Administração Central do Sistema de Saúde na definição do sistema de financiamento e apoiou a Direção-Geral da Saúde na criação da Norma que enquadra a hospitalização em casa.
Num comunicado enviado à Imprensa, o gabinete de comunicação do hospital sublinha que “a excelência tem sido reconhecida pelos doentes e familiares, com taxa de satisfação sempre superior a 95 por cento, e por entidades externas, com várias distinções, sendo a última a certificação ‘Nível Ótimo’ da DGS/ACSA”.
Os primeiros anos foram marcados por uma estrutura pequena: cinco camas, um médico fixo e quatro em rotatividade, além de quatro enfermeiros. A partir dessa base, construiu-se um percurso sólido que permitiu acompanhar mais doentes e casos clinicamente mais complexos, mantendo sempre um modelo centrado no indivíduo e na família, com cuidados humanizados, rigorosos e seguros prestados diretamente no domicílio.

Protocolos, formação e expansão
A Unidade de Hospitalização Domiciliária do Garcia de Orta foi também pioneira na criação de protocolos com Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas, estendendo os cuidados aos seus residentes. Paralelamente, realizou formação para as diversas unidades de hospitalização domiciliária que surgiram em todo o País - hoje perto de 50 - contribuindo para o crescimento sustentado deste modelo de proximidade.
A equipa atual reúne cinco médicos e 13 enfermeiros em regime fixo, quatro médicos que colaboram na prevenção, além de assistente social, nutricionista, farmacêutica, assistente operacional, assistente técnica e administrador hospitalar. Um grupo multidisciplinar que articula diariamente com os serviços hospitalares, com os cuidados de saúde primários e com várias respostas comunitárias, garantindo um acompanhamento completo e coordenado.

A primeira do país a conquistar o “Nível Ótimo”
Ao longo da última década, a unidade recebeu diversas distinções, culminando este ano na certificação de qualidade “Nível Ótimo” atribuída pela Direção-Geral da Saúde, no âmbito do modelo da Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía. Tornou-se, assim, a primeira unidade de hospitalização domiciliária em Portugal a alcançar este nível de reconhecimento.
Pedro Correia Azevedo, presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde Almada-Seixal, destaca: “A unidade foi, desde o primeiro momento, uma aposta forte do Hospital Garcia de Orta e assim continuará a ser, num futuro que se espera inovador e sustentável”.
Para a equipa, o marco é igualmente motivo de orgulho: “Estes 10 anos são um marco importante neste percurso de renovado sucesso. Com resposta 24 horas por dia, todos os dias do ano, a equipa multiprofissional tem conseguido dar uma resposta de excelência aos doentes que serve e é um motivo de muito orgulho para todos nós”.

Olhar para o futuro: mais doentes, mais inovação
Com capacidade para acompanhar 24 doentes em simultâneo - número que se pretende aumentar - a Unidade de Hospitalização Domiciliária aposta num futuro “ativo, dinâmico e inovador”. Dotada de recursos humanos, tecnológicos e logísticos cada vez mais diferenciados, reafirma o compromisso de levar cuidados hospitalares de qualidade ao conforto do lar, reforçando a proximidade e a humanização no tratamento de doenças agudas.

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