Albino conquista quase tudo e PS só perde uma freguesia por quatro votos
O concelho da Moita viveu uma das noites eleitorais mais intensas deste domingo autárquico, espelhando a nova correlação de forças que começa a marcar o panorama político português. O suspense foi total: o líder do Chega, André Ventura, chegou a anunciar vitória - mas enganou-se, e por larga margem. A diferença final ultrapassou os três mil votos. A surpresa? A conquista da CDU da junta de freguesia da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira ao PS por... quatro votos.![]() |
| CDU conquista Baixa da Banheira e Vale da Amoreira |
Carlos Albino, o autarca socialista que em 2021 “roubou” à CDU o comando do município, voltou a resistir à pressão e segurou a presidência. O atual presidente conseguiu não apenas manter o lugar, mas reforçar o desempenho do PS em várias freguesias, num concelho onde cada voto contou.
O Partido Socialista (PS) somou 35,6% dos votos, garantindo quatro mandatos e reafirmando-se como a principal força política da Moita. No entanto, esta vitória traz um sabor agridoce: o crescimento expressivo do Chega (24,7%) e a resistência da CDU (24,5%) transformaram a autarquia num dos campos de batalha mais disputados do distrito de Setúbal.
A diferença entre o Chega e a CDU foi mínima - apenas 56 votos -, espelhando uma luta voto a voto entre a nova direita populista e uma esquerda histórica que ainda detém influência sólida na região.
O Chega conquistou três mandatos e consolidou o seu papel como principal alternativa à esquerda, enquanto a CDU (coligação PCP-PEV) manteve dois mandatos, resistindo ao declínio nacional, mas sentindo o impacto de um eleitorado mais fragmentado.
Freguesias revelam mosaico político
Em Alhos Vedros, o PS alcançou 34,8% dos votos, enquanto na União de Freguesias do Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos subiu para 44,4%. Na freguesia da Moita, os socialistas fecharam a contagem com 41,5%, reforçando o domínio em áreas-chave.
Mas o golpe final veio da Baixa da Banheira e do Vale da Amoreira onde a CDU recuperou a junta ao PS por apenas quatro votos - 3 260 votos contra 3 256. Foi a última freguesia a fechar a contagem e a que mais contribuiu para o ambiente de incerteza que se viveu até à madrugada.
Em Alhos Vedros, o PS alcançou 34,8% dos votos, enquanto na União de Freguesias do Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos subiu para 44,4%. Na freguesia da Moita, os socialistas fecharam a contagem com 41,5%, reforçando o domínio em áreas-chave.
Mas o golpe final veio da Baixa da Banheira e do Vale da Amoreira onde a CDU recuperou a junta ao PS por apenas quatro votos - 3 260 votos contra 3 256. Foi a última freguesia a fechar a contagem e a que mais contribuiu para o ambiente de incerteza que se viveu até à madrugada.
Abstenção alta e cenário político fragmentado
A abstenção atingiu 49,1%, o que significa que mais de metade dos eleitores optou por não ir às urnas. Um número expressivo que revela cansaço e desconfiança face à política local, mesmo num concelho onde a disputa foi intensa e o desfecho incerto até ao último momento.
O PSD, com 8,1%, e o Bloco de Esquerda, com 2,9%, ficaram em plano secundário, sem peso relevante na formação do executivo. Já o ADN e o CDS-PP não chegaram sequer a 1%, confirmando a crescente polarização entre os blocos principais.
Novo mandato, novos desafios
Com os nove mandatos distribuídos, a Moita apresenta-se como um espelho das mudanças que percorrem o país: o PS mantém-se à frente, mas sente cada vez mais a pressão da direita e a persistência comunista.
O triângulo PS–Chega–CDU promete debates intensos e um mandato municipal marcado por tensão política, negociações difíceis e uma oposição ativa. Na Assembleia Municipal a vitória também foi dos socialistas que têm 10 mandatos. Chega e CDU têm sete deputados cada. PSD elegeu 2 e o Bloco de Esquerda conseguiu um deputado.
Com os nove mandatos distribuídos, a Moita apresenta-se como um espelho das mudanças que percorrem o país: o PS mantém-se à frente, mas sente cada vez mais a pressão da direita e a persistência comunista.
O triângulo PS–Chega–CDU promete debates intensos e um mandato municipal marcado por tensão política, negociações difíceis e uma oposição ativa. Na Assembleia Municipal a vitória também foi dos socialistas que têm 10 mandatos. Chega e CDU têm sete deputados cada. PSD elegeu 2 e o Bloco de Esquerda conseguiu um deputado.

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