Fernando Caria conquista Câmara e quebra hegemonia socialista
O Montijo viveu este domingo uma mudança política histórica. Fernando Caria, líder do movimento independente “Montijo com Visão e Coração” (MVC), conquistou a presidência da Câmara Municipal, pondo fim a 28 anos consecutivos de governação socialista. O Chega ficou a 631 votos de fazer história no distrito onde em Maio tanto ganhou.![]() |
| Fernando Caria celebra a vitória histórica nas eleições autárquicas |
Com uma vitória por maioria relativa, o movimento cívico conseguiu afirmar-se como a nova força dominante no concelho. Fernando Caria, visivelmente emocionado, agradeceu aos eleitores nas redes sociais:
“Obrigado Montijo! Fizemos história juntos, obrigado a todos pelo voto de confiança! O futuro começa agora.”
A derrota do Partido Socialista, no poder desde 1997, marca o encerramento de um longo ciclo político e o início de uma nova fase na autarquia.
Fernando Caria, que foi presidente da Junta da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro durante três mandatos eleito pelo PS, decidiu apresentar-se nestas eleições com uma candidatura independente e venceu.
O movimento independente conquistou 27,48% dos votos (6.452) e três mandatos no executivo camarário. O resultado representa uma rutura com os tradicionais aparelhos partidários e um voto de confiança numa proposta assente na proximidade à população e na promessa de “governar com visão e com coração”.
Logo atrás ficou o Chega, que alcançou 24,79% (5.821 votos) e elegeu dois vereadores, confirmando a sua crescente implantação local. A diferença entre os dois primeiros - apenas 631 votos - evidencia uma disputa renhida e um eleitorado dividido entre um movimento local emergente e uma força nacional em ascensão. O partido ainda anunciou uma “grande vitória” na cidade, mas acabou por cair na última freguesia a ser contada, revelando que o resultado final não correspondeu totalmente às expectativas iniciais.
O PS, até aqui hegemónico, ficou reduzido a 17,24% (4.049 votos) e um único mandato, sofrendo um dos piores resultados da sua história no concelho. Já o PSD-IL obteve 16,67% (3.915 votos), igualmente com um mandato, num cenário de fragmentação do voto à direita.
O PCP-PEV, outrora determinante no Montijo, recolheu apenas 7,18% (1.687 votos), confirmando a tendência nacional de declínio da influência comunista.
“Obrigado Montijo! Fizemos história juntos, obrigado a todos pelo voto de confiança! O futuro começa agora.”
A derrota do Partido Socialista, no poder desde 1997, marca o encerramento de um longo ciclo político e o início de uma nova fase na autarquia.
Fernando Caria, que foi presidente da Junta da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro durante três mandatos eleito pelo PS, decidiu apresentar-se nestas eleições com uma candidatura independente e venceu.
O movimento independente conquistou 27,48% dos votos (6.452) e três mandatos no executivo camarário. O resultado representa uma rutura com os tradicionais aparelhos partidários e um voto de confiança numa proposta assente na proximidade à população e na promessa de “governar com visão e com coração”.
Logo atrás ficou o Chega, que alcançou 24,79% (5.821 votos) e elegeu dois vereadores, confirmando a sua crescente implantação local. A diferença entre os dois primeiros - apenas 631 votos - evidencia uma disputa renhida e um eleitorado dividido entre um movimento local emergente e uma força nacional em ascensão. O partido ainda anunciou uma “grande vitória” na cidade, mas acabou por cair na última freguesia a ser contada, revelando que o resultado final não correspondeu totalmente às expectativas iniciais.
O PS, até aqui hegemónico, ficou reduzido a 17,24% (4.049 votos) e um único mandato, sofrendo um dos piores resultados da sua história no concelho. Já o PSD-IL obteve 16,67% (3.915 votos), igualmente com um mandato, num cenário de fragmentação do voto à direita.
O PCP-PEV, outrora determinante no Montijo, recolheu apenas 7,18% (1.687 votos), confirmando a tendência nacional de declínio da influência comunista.
Assembleia Municipal e freguesias com novo equilíbrio de forças
A transformação política estendeu-se também à Assembleia Municipal. O Chega e o movimento “Montijo com Visão e Coração” obtiveram 6 mandatos cada, seguidos da coligação PSD/IL com 4, do PS com 3, da CDU com 1 e do Livre com 1.
Comparando com 2021, o PS perde 4 mandatos, o PSD desce de 7 para 4 e o Chega sobe de 1 para 6 - um sinal claro da reconfiguração do mapa político local.
Nas Juntas de Freguesia, o MVC venceu na União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, Sarilhos Grandes e Pegões. O Chega vai liderar a União das Freguesias de Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia, enquanto o PSD conquistou a Junta de Freguesia de Canha.
A transformação política estendeu-se também à Assembleia Municipal. O Chega e o movimento “Montijo com Visão e Coração” obtiveram 6 mandatos cada, seguidos da coligação PSD/IL com 4, do PS com 3, da CDU com 1 e do Livre com 1.
Comparando com 2021, o PS perde 4 mandatos, o PSD desce de 7 para 4 e o Chega sobe de 1 para 6 - um sinal claro da reconfiguração do mapa político local.
Nas Juntas de Freguesia, o MVC venceu na União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, Sarilhos Grandes e Pegões. O Chega vai liderar a União das Freguesias de Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia, enquanto o PSD conquistou a Junta de Freguesia de Canha.
O voto da mudança e o fim de um ciclo
Com uma participação eleitoral superior a 51%, os resultados revelam um eleitorado mais ativo e decidido a marcar uma viragem. O triunfo de Fernando Caria e do seu movimento independente é mais do que uma simples alternância de poder: é o reflexo de uma vontade coletiva de afirmar autonomia, de premiar a proximidade e de penalizar o conformismo dos partidos tradicionais.
O novo presidente deverá tomar posse nas próximas semanas, comprometendo-se a liderar o município “com visão e com coração”.
Com uma participação eleitoral superior a 51%, os resultados revelam um eleitorado mais ativo e decidido a marcar uma viragem. O triunfo de Fernando Caria e do seu movimento independente é mais do que uma simples alternância de poder: é o reflexo de uma vontade coletiva de afirmar autonomia, de premiar a proximidade e de penalizar o conformismo dos partidos tradicionais.
O novo presidente deverá tomar posse nas próximas semanas, comprometendo-se a liderar o município “com visão e com coração”.

Comentários
Enviar um comentário