É o crime mais comum em Portugal e deixa marcas profundas em famílias
A violência doméstica continua a ser um crime que marca demasiadas vidas em Portugal. Nos últimos dias, dois episódios chocantes - uma mulher esfaqueada pelo companheiro no Barreiro e um casal hospitalizado após uma discussão violenta no Feijó - voltaram a expor a brutalidade deste fenómeno. Os números oficiais confirmam: só entre Abril e Junho de 2025, registaram-se mais de 7.700 ocorrências e seis mortes neste contexto.
Na noite de segunda-feira, uma mulher de 28 anos chegou sozinha ao Hospital do Barreiro, ferida no abdómen após ter sido esfaqueada em casa pelo companheiro. A vítima contou à PSP que, sem qualquer aviso, foi atacada à faca assim que entrou em casa. Apesar da gravidade dos ferimentos, conseguiu fugir no seu próprio carro e pedir ajuda.
Depois de receber tratamento hospitalar, relatou o caso à polícia, que comunicou a ocorrência ao Ministério Público. Até ao momento, não foram confirmadas detenções.
Discussão no Feijó termina em violência brutal
Também em Almada, um casal envolveu-se numa discussão violenta no domingo, que terminou com ambos hospitalizados em estado grave. De acordo com fonte policial, a mulher atirou água a ferver sobre o companheiro, provocando-lhe queimaduras graves. Em resposta, o homem agrediu-a à dentada, arrancando-lhe parte do nariz.
O alerta partiu de vizinhos, e os dois foram assistidos no local pelos bombeiros, sendo transportados de seguida para o Hospital Garcia de Orta. O caso está sob investigação da PSP e, também aqui, não foram ainda registadas detenções.
Também em Almada, um casal envolveu-se numa discussão violenta no domingo, que terminou com ambos hospitalizados em estado grave. De acordo com fonte policial, a mulher atirou água a ferver sobre o companheiro, provocando-lhe queimaduras graves. Em resposta, o homem agrediu-a à dentada, arrancando-lhe parte do nariz.
O alerta partiu de vizinhos, e os dois foram assistidos no local pelos bombeiros, sendo transportados de seguida para o Hospital Garcia de Orta. O caso está sob investigação da PSP e, também aqui, não foram ainda registadas detenções.
Mais de 7.700 ocorrências em três meses
Os casos no Barreiro e em Almada são apenas dois exemplos de um problema que permanece enraizado. Entre Abril e Junho de 2025, seis pessoas foram mortas em contexto de violência doméstica, cinco mulheres e um homem. Desde o início do ano, o número de vítimas mortais sobe para 13, das quais 11 eram mulheres.
Segundo o Portal da Violência Doméstica, a PSP e a GNR registaram 7.713 ocorrências neste trimestre, mais 657 do que nos três meses anteriores. Apesar da ligeira descida em relação ao mesmo período de 2024, a tendência preocupa as autoridades.
Atualmente, quase seis mil pessoas têm medidas de teleassistência ativas e mais de 1.400 encontram-se acolhidas na Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica, entre mulheres, crianças e homens.
De esfaqueamentos a agressões brutais, os episódios recentes expõem a urgência de reforçar a prevenção, a denúncia e os mecanismos de proteção das vítimas. A violência doméstica não é um problema privado: é um crime que continua a marcar demasiadas vidas em Portugal.
Os casos no Barreiro e em Almada são apenas dois exemplos de um problema que permanece enraizado. Entre Abril e Junho de 2025, seis pessoas foram mortas em contexto de violência doméstica, cinco mulheres e um homem. Desde o início do ano, o número de vítimas mortais sobe para 13, das quais 11 eram mulheres.
Segundo o Portal da Violência Doméstica, a PSP e a GNR registaram 7.713 ocorrências neste trimestre, mais 657 do que nos três meses anteriores. Apesar da ligeira descida em relação ao mesmo período de 2024, a tendência preocupa as autoridades.
Atualmente, quase seis mil pessoas têm medidas de teleassistência ativas e mais de 1.400 encontram-se acolhidas na Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica, entre mulheres, crianças e homens.
De esfaqueamentos a agressões brutais, os episódios recentes expõem a urgência de reforçar a prevenção, a denúncia e os mecanismos de proteção das vítimas. A violência doméstica não é um problema privado: é um crime que continua a marcar demasiadas vidas em Portugal.

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