Reeleição de Paulo Silva garante continuidade, mas mapa político do concelho muda
O Seixal continua comunista. Paulo Silva, candidato da CDU, foi reeleito presidente da Câmara Municipal nas eleições autárquicas de 2025, garantindo a continuidade de um projeto político que há décadas marca o concelho e o distrito de Setúbal. Chega e PS-PAN empatam na disputa pela oposição.![]() |
| Paulo Silva tem a vitória mais segura da CDU no distrito |
A vitória foi confirmada na noite eleitoral de domingo, com 34,89% dos votos - cerca de 26,9 mil sufrágios - que asseguraram à CDU quatro mandatos no executivo municipal. Apesar da perda de dois vereadores face a 2021, Paulo Silva volta a liderar a autarquia, agora num cenário político mais fragmentado.
“Obrigado concelho do Seixal, vamos continuar juntos a construir o nosso concelho!”, declarou o autarca, sublinhando a confiança dos seixalenses na continuidade do projeto comunista.
Chega e PS-PAN empatam na disputa pela oposição
A noite eleitoral foi marcada por uma acesa disputa pelo segundo lugar. O Chega, onde Marta Silva queria ganhar, com 22,91% (17.674 votos), ultrapassou por uma margem mínima a coligação PS-PAN, comandada por Miguel Feio, que somou 22,19% (17.115 votos) - apenas 559 votos de diferença num verdadeiro “fotofinish eleitoral”.
A coligação PPD/PSD-CDS-PP, liderada por Bruno Vasconcelos, ficou em quarto lugar com 11,79% (9.097 votos), sem conseguir romper o domínio histórico da esquerda no concelho.
Os restantes partidos obtiveram resultados residuais: a Iniciativa Liberal alcançou 3,00%, o Bloco de Esquerda ficou pelos 2,33%, e o ADN não passou dos 0,56%.
Assembleia Municipal espelha novo equilíbrio de forças
Na Assembleia Municipal, o resultado confirmou a tendência de pluralidade política.
A CDU elegeu 11 mandatos, o Chega conquistou 8, o PS/PAN obteve também 8, enquanto a AD ficou com 4 mandatos.
A Iniciativa Liberal e o Livre/BE elegeram 1 mandato cada, compondo um órgão deliberativo mais diversificado e exigente para o futuro executivo.
Este novo quadro traduz um equilíbrio político inédito, onde a CDU, embora continue a governar, terá de dialogar mais amplamente para garantir estabilidade e consenso.
Na Assembleia Municipal, o resultado confirmou a tendência de pluralidade política.
A CDU elegeu 11 mandatos, o Chega conquistou 8, o PS/PAN obteve também 8, enquanto a AD ficou com 4 mandatos.
A Iniciativa Liberal e o Livre/BE elegeram 1 mandato cada, compondo um órgão deliberativo mais diversificado e exigente para o futuro executivo.
Este novo quadro traduz um equilíbrio político inédito, onde a CDU, embora continue a governar, terá de dialogar mais amplamente para garantir estabilidade e consenso.
Reposição das freguesias marca novo ciclo autárquico
O Seixal foi um dos três concelhos do distrito de Setúbal a recuperar freguesias com o processo de reposição administrativa, revertendo parte da Lei Relvas de 2013.
O concelho recuperou oficialmente as freguesias de Aldeia de Paio Pires, Arrentela e Seixal, que voltam agora a ter juntas próprias.
Nas eleições para as Juntas de Freguesia, a CDU manteve o domínio político, vencendo em Aldeia de Paio Pires, Arrentela, Seixal, Amora e Corroios.
A coligação PS/PAN conquistou apenas Fernão Ferro, confirmando que o Seixal continua a ser um território onde a esquerda trabalhista mantém forte expressão e fidelidade eleitoral.
O Seixal foi um dos três concelhos do distrito de Setúbal a recuperar freguesias com o processo de reposição administrativa, revertendo parte da Lei Relvas de 2013.
O concelho recuperou oficialmente as freguesias de Aldeia de Paio Pires, Arrentela e Seixal, que voltam agora a ter juntas próprias.
Nas eleições para as Juntas de Freguesia, a CDU manteve o domínio político, vencendo em Aldeia de Paio Pires, Arrentela, Seixal, Amora e Corroios.
A coligação PS/PAN conquistou apenas Fernão Ferro, confirmando que o Seixal continua a ser um território onde a esquerda trabalhista mantém forte expressão e fidelidade eleitoral.
Abstenção continua alta e revela desafeição política
Dos 148.089 eleitores inscritos, 77.140 votaram, o que representa uma taxa de participação de 52,09%.
Apesar de semelhante a anteriores atos eleitorais, o número confirma a persistente abstenção elevada que marca a política local, mesmo num concelho historicamente mobilizado.
A reeleição de Paulo Silva simboliza a resiliência da CDU num território onde governa há décadas, mas o crescimento do Chega e o bom desempenho do PS-PAN indicam que o mapa político do Seixal está em mutação.
Com uma população mais jovem e diversificada, o concelho reflete hoje novas tendências sociais e políticas.
A CDU governa, mas já não domina - e essa poderá ser a principal mensagem destas eleições: uma vitória que cheira a continuidade, mas soa a aviso.
Dos 148.089 eleitores inscritos, 77.140 votaram, o que representa uma taxa de participação de 52,09%.
Apesar de semelhante a anteriores atos eleitorais, o número confirma a persistente abstenção elevada que marca a política local, mesmo num concelho historicamente mobilizado.
A reeleição de Paulo Silva simboliza a resiliência da CDU num território onde governa há décadas, mas o crescimento do Chega e o bom desempenho do PS-PAN indicam que o mapa político do Seixal está em mutação.
Com uma população mais jovem e diversificada, o concelho reflete hoje novas tendências sociais e políticas.
A CDU governa, mas já não domina - e essa poderá ser a principal mensagem destas eleições: uma vitória que cheira a continuidade, mas soa a aviso.

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