Cortejos, torneios e recriações históricas trazem vida à maior Feira Medieval da região
De 26 a 28 de Setembro, Palmela volta a vestir a pele da Idade Média com a sua Feira Medieval, recriando os dias da Expedição de Ceuta no Castelo e no Centro Histórico. Cortejos, torneios, falcoaria e música prometem três dias de festa, mas a ausência inesperada do grupo TenTart - companhia que durante anos deu corpo e alma a algumas das recriações mais intensas e comunitárias - marca a edição deste ano.![]() |
| O Castelo, palco de histórias e reencontros |
A festa começa na sexta-feira, às 19 horas, com a receção régia a D. João I, à Rainha D. Filipa de Lencastre e à sua comitiva. No sábado e domingo, pelas 17 horas, os grandes cortejos vão encher as ruas de cor, movimento e personagens históricas, desde o Mercado Municipal até à Liça.
Ao longo do fim de semana, os visitantes poderão perder-se por um mercado franco cheio de artesãos, assistir a espetáculos de música e dança, sentir o bater de asas da falcoaria, vibrar com torneios de armas, explorar acampamentos de ofícios e de petizes, e até participar no célebre Assalto ao Castelo. A cada esquina, a animação promete transportar o público para um tempo em que as muralhas ecoavam batalhas, conquistas e histórias de heróis.
Mais do que feira: uma experiência cultural
Além das recriações, a feira oferece programas paralelos que enriquecem a experiência: o Passeio pelos Trilhos da Feira Medieval, o percurso inclusivo Ver com Outros Olhos, a Hora do Conto com Era Uma Vez Um… Castelo e ainda uma visita guiada ao antigo convento dos freires da Ordem de Santiago, hoje transformado em Pousada de Palmela.
As pulseiras custam 4 euros (um dia) ou 8 euros (três dias). Para crianças até 12 anos a entrada é gratuita. Os bilhetes podem ser comprados antecipadamente no Cine-Teatro São João até 24 de Setembro ou, durante o evento, nas bilheteiras do recinto.
Além das recriações, a feira oferece programas paralelos que enriquecem a experiência: o Passeio pelos Trilhos da Feira Medieval, o percurso inclusivo Ver com Outros Olhos, a Hora do Conto com Era Uma Vez Um… Castelo e ainda uma visita guiada ao antigo convento dos freires da Ordem de Santiago, hoje transformado em Pousada de Palmela.
As pulseiras custam 4 euros (um dia) ou 8 euros (três dias). Para crianças até 12 anos a entrada é gratuita. Os bilhetes podem ser comprados antecipadamente no Cine-Teatro São João até 24 de Setembro ou, durante o evento, nas bilheteiras do recinto.
A ausência do TenTart: um vazio na memória viva da feira
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| Bosque dos Enganos encantou milhares de pessoas em 2024 |
Mas o trabalho do TenTart foi muito além do palco. A companhia envolveu a comunidade local, formando jovens e adultos em técnicas de interpretação, cenografia e caracterização. Criou oficinas, alimentou a imaginação e ofereceu oportunidades de expressão artística a quem nunca tinha pisado um palco. Em Palmela, não era apenas espetáculo: era formação cultural, memória viva e participação cívica.
Em 2024, o grupo apresentou o inesquecível Bosque dos Enganos, uma viagem imersiva pela encosta do castelo onde o medo, as lendas e a magia se encontravam em cada curva. Milhares de visitantes assistiram a essa criação, que ficou marcada como um dos pontos altos da história da feira.
A sua ausência em 2025 não é apenas a falta de uma atração: é um vazio artístico e comunitário, que deixa saudade e levanta a questão de como preservar e valorizar quem ajudou a tornar a Feira Medieval de Palmela um verdadeiro palco de História viva.
Património, turismo e futuro
A autarquia sublinha que a feira é parte essencial da estratégia de dinamização do centro histórico, de apoio à restauração e ao alojamento local e de valorização cultural do território. É, sem dúvida, um motor de turismo e de identidade. Mas também é um espaço onde a comunidade se deve rever e reconhecer - e esse é o desafio para que Palmela continue a ser, não apenas cenário, mas protagonista da sua própria História.
A autarquia sublinha que a feira é parte essencial da estratégia de dinamização do centro histórico, de apoio à restauração e ao alojamento local e de valorização cultural do território. É, sem dúvida, um motor de turismo e de identidade. Mas também é um espaço onde a comunidade se deve rever e reconhecer - e esse é o desafio para que Palmela continue a ser, não apenas cenário, mas protagonista da sua própria História.


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