Maternidades em rotatividade até Dezembro grávidas continuam sem saber com o que contar em Setúbal, Barreiro e Almada
As maternidades dos hospitais de Setúbal, Barreiro e Almada vão manter-se em regime de rotatividade até ao final de Dezembro, o que implica que apenas uma urgência de obstetrícia estará a funcionar de cada vez em todo o distrito. A informação foi divulgada pelos deputados do Partido Socialista eleitos pelo círculo de Setúbal, na sequência de reuniões realizadas na semana passada com as administrações das três Unidades Locais de Saúde de Almada/Seixal, Arco Ribeirinho Sul e Arrábida.![]() |
Rotatividade impõe novos desafios às grávidas do distrito |
Segundo os socialistas, está definida uma escala que reparte entre os três hospitais a responsabilidade de assegurar, mensalmente, um terço do tempo de funcionamento da urgência de obstetrícia. Na prática, isto significa que cada unidade só garante o serviço, no máximo, durante três dias consecutivos por mês.
“Os deputados do PS puderam confirmar que a rotatividade está calendarizada até Dezembro, o que representa um modelo de funcionamento insustentável para a população”, refere o grupo parlamentar em comunicado.
Este modelo, segundo os deputados, resulta diretamente da escassez crítica de profissionais de saúde, sobretudo médicos especialistas em obstetrícia, o que impossibilita a operação simultânea das três urgências.
“Uma maternidade para todo o distrito é incomportável”
Eurídice Pereira, deputada e membro da Comissão Parlamentar de Saúde, lamenta a falta de meios. “Nenhum dos hospitais tem capacidade para garantir resposta plena nos dias em que está de portas abertas”, afirma. Como exemplo, refere o hospital de Setúbal, que, com cinco boxes de parto e dois especialistas, consegue servir os concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal, assim como o Litoral Alentejano – Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines. No entanto, quando chamado a atender utentes de todo o distrito, os mesmos recursos tornam-se manifestamente insuficientes.
O cenário agrava-se com o histórico recente: “Nunca, nos últimos anos, as três urgências estiveram encerradas em simultâneo. Aconteceu no último ano. E pode repetir-se”, alerta Eurídice Pereira.
Eurídice Pereira, deputada e membro da Comissão Parlamentar de Saúde, lamenta a falta de meios. “Nenhum dos hospitais tem capacidade para garantir resposta plena nos dias em que está de portas abertas”, afirma. Como exemplo, refere o hospital de Setúbal, que, com cinco boxes de parto e dois especialistas, consegue servir os concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal, assim como o Litoral Alentejano – Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines. No entanto, quando chamado a atender utentes de todo o distrito, os mesmos recursos tornam-se manifestamente insuficientes.
O cenário agrava-se com o histórico recente: “Nunca, nos últimos anos, as três urgências estiveram encerradas em simultâneo. Aconteceu no último ano. E pode repetir-se”, alerta Eurídice Pereira.
Críticas à ausência de plano e comunicação do Governo
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Deputados do PS visitaram unidades de Saúde do distrito |
Além disso, questionam o conceito de “urgências regionais” anunciado pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e pedem esclarecimentos sobre o plano que, a partir de Setembro, atribui ao hospital de Almada a responsabilidade permanente pelas urgências obstétricas.
“É essencial perceber se esta decisão põe em causa o funcionamento das restantes maternidades e quais os critérios que sustentam esta escolha”, exigem os deputados.
Médicos de família e emergência pré-hospitalar também em risco
O tema da escassez de médicos de família também esteve em cima da mesa nas reuniões com as administrações das Unidades Locais de Saúde. Segundo os parlamentares do PS, as políticas do executivo estão a atrasar – ou mesmo a inviabilizar – a constituição de novas Unidades de Saúde Familiar (USF), mesmo em locais com infraestruturas renovadas, como é o caso da Quinta do Conde.
“Felizmente, a administração local encontrou uma solução provisória e anunciou que a estrutura existente será convertida em USF dentro de um mês, transitando posteriormente para as novas instalações quando concluídas”, indicam os deputados.
O grupo parlamentar expressou ainda preocupação com o estado da emergência pré-hospitalar no distrito, sublinhando a necessidade urgente de medidas estruturais.
O tema da escassez de médicos de família também esteve em cima da mesa nas reuniões com as administrações das Unidades Locais de Saúde. Segundo os parlamentares do PS, as políticas do executivo estão a atrasar – ou mesmo a inviabilizar – a constituição de novas Unidades de Saúde Familiar (USF), mesmo em locais com infraestruturas renovadas, como é o caso da Quinta do Conde.
“Felizmente, a administração local encontrou uma solução provisória e anunciou que a estrutura existente será convertida em USF dentro de um mês, transitando posteriormente para as novas instalações quando concluídas”, indicam os deputados.
O grupo parlamentar expressou ainda preocupação com o estado da emergência pré-hospitalar no distrito, sublinhando a necessidade urgente de medidas estruturais.
Agência de Notícias
Fotografia: PS/Setúbal
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