Barreiro vai ter quase 500 casas com renda acessível até 2027

Classe média com resposta na cidade: novas casas acessíveis vão nascer nos Fidalguinhos

O Barreiro prepara-se para dar um passo decisivo no acesso à habitação acessível, com a construção de 486 novos fogos para arrendamento a preços controlados. As casas, que resultarão de uma parceria entre a autarquia e o setor privado, devem estar disponíveis dentro de dois anos. O investimento, superior a 85 milhões de euros, insere-se num programa pioneiro a nível nacional. 
Município aposta na habitação acessível como resposta à pressão do mercado

A Câmara Municipal do Barreiro anunciou que, até 2027, estarão concluídas 486 novas habitações com rendas acessíveis, graças a uma parceria com a empresa local Cosmos Sideral. A proposta surge no seguimento de uma consulta ao mercado privado, iniciada em Junho, que visa celebrar contratos de arrendamento com o município para um total de 800 fracções.
O objetivo? Aumentar a oferta de habitação no concelho, com preços ajustados ao rendimento das famílias. Segundo o vice-presidente da autarquia, Rui Braga, esta será “uma das maiores respostas nacionais” no âmbito da habitação para a classe média e os jovens.

Regulamento municipal quer garantir casas dignas a preços justos
A medida está enquadrada no Regulamento Municipal de Arrendamento Acessível, que complementa o Programa de Apoio ao Arrendamento nacional. A iniciativa procura aliviar a pressão no mercado, assegurando que famílias com rendimentos médios consigam viver com dignidade sem comprometer o orçamento mensal.
A consulta pública permanece aberta até se atingirem as 800 fracções previstas, ou até que seja anunciada a sua suspensão com uma antecedência mínima de 60 dias úteis.

Habitação, mobilidade e sustentabilidade: um plano integrado
A proposta da Cosmos Sideral, aprovada por unanimidade em reunião de câmara, inclui a construção de todos os 486 fogos num terreno de que a empresa é proprietária. As casas irão situar-se na Quinta dos Fidalguinhos, uma área central e em forte desenvolvimento urbano.
O processo de arrendamento será gerido pela autarquia através de concurso público, respeitando os critérios definidos para o acesso à renda acessível. Os valores mensais das rendas vão variar entre 500 e 875 euros, consoante a tipologia.
Para além da habitação, o plano inclui melhorias na mobilidade urbana. Está prevista a construção de uma nova rotunda junto ao hospital do Barreiro, para aliviar o tráfego em horas de ponta. Adicionalmente, será criado um espaço comercial com base ecológica, ajustado às necessidades do território.

Barreiro torna-se referência nacional em subarrendamento acessível
Com este projeto, o Barreiro assume-se como o primeiro município do país a avançar com um modelo de subarrendamento acessível em larga escala com participação do setor privado. Para Rui Braga, a resposta “não só é inédita, como responde diretamente às necessidades da classe média local”.
A autarquia prevê que, somando este projeto a outras iniciativas já em curso, possa vir a disponibilizar mais de mil habitações a custos controlados nos próximos anos.

Agência de Notícias 
Fotografia: CM Barreiro 

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