Um laço azul: crianças da Moita unem-se contra os maus-tratos

Milhares de passos, um único propósito: comunidade diz não à violência infantil

No passado dia 30 de Abril, o Pavilhão Municipal de Exposições da Moita encheu-se de esperança, cor e compromisso. Crianças e jovens de todo o concelho deram as mãos - literalmente - para formar um imponente laço azul humano, o símbolo internacional da luta contra os maus-tratos na infância.
Laço humano azul preencheu o pavilhão com esperança

Foi o culminar de uma campanha intensa que, durante o mês de Abril, promoveu várias atividades de sensibilização no município. Esta mobilização contou com a organização conjunta da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da Moita e da Câmara Municipal.
Presentes na cerimónia estiveram a vice-presidente da autarquia, Sara Silva, e os vereadores Anabela Rosa e António Carlos Pereira, que se juntaram aos mais novos para reforçar a mensagem de união e prevenção.
O laço azul não é apenas uma fita ou uma forma simbólica. É um grito silencioso nascido do sofrimento, mas também da coragem. A sua origem remonta a 1989, nos Estados Unidos, quando Bonnie Finney, uma avó devastada, prendeu uma fita azul à antena do seu carro. Um gesto simples, mas poderoso.

Um símbolo com raízes profundas
Laço Azul dominou o mês de Abril em nome das crianças 
Questionada sobre o significado da fita, Bonnie explicou que o azul simbolizava as marcas físicas e emocionais deixadas nos seus netos, vítimas de violência familiar. Um deles morreu tragicamente, enquanto o outro sobrevivia sob cuidados intensivos. O azul recordava-lhe os hematomas, a dor e a urgência de agir.
Esse ato pessoal transformou-se numa campanha global que, hoje, percorre o mundo durante o mês de Abril. O laço azul tornou-se um ícone de memória, apoio e compromisso coletivo numa chamada de atenção para a responsabilidade que todos temos na proteção das crianças.
Mais do que uma homenagem, esta é uma promessa renovada. A de continuar a construir comunidades seguras, conscientes e protetoras dos seus membros mais vulneráveis: as crianças.

Agência de Notícias 
Fotografia: CM Moita

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