Trabalhadores da fábrica de Palmela exigem reforma antecipada aos 55 anos

Protesto mobiliza trabalhadores da Autoeuropa e exigências ganham força

Mais de mil trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa decidiram marcar um dia de greve e uma concentração junto ao parlamento quando for discutida a petição pelo reconhecimento do desgaste rápido na indústria automóvel. A decisão foi tomada nos plenários realizados esta semana, nos quais se debateu também o caderno reivindicativo para 2025. Os trabalhadores querem reforma antecipada a partir dos 55 anos. 

Trabalhadores exigem melhores condições e marcam greve 

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE-Sul) revelou que as assembleias foram convocadas na sequência de uma petição com mais de 13 mil assinaturas entregue na Assembleia da República pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêuticas, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energias e Minas.
Na resolução aprovada pelos trabalhadores, uma das principais reivindicações é o direito à reforma antecipada a partir dos 55 anos para aqueles que trabalharam vinte anos em regime de turnos, sem penalização financeira.
Além disso, exigem que as administrações das empresas do parque industrial da Autoeuropa assegurem a recolocação urgente dos trabalhadores que possuam doenças profissionais ou restrições médicas, sempre garantindo a manutenção dos postos de trabalho.
A reivindicação por melhores condições salariais também é um dos pontos centrais do protesto dos trabalhadores da fábrica alemã, em Palmela. Os trabalhadores defendem aumentos extraordinários em 2025, argumentando que o aumento do custo de vida justifica uma atualização dos vencimentos.
A greve e a concentração junto ao parlamento prometem ser momentos de pressão significativos para que a Assembleia da República dê uma resposta concreta às reivindicações do setor automóvel.
A Volkswagen está a planear avançar com o encerramento de, pelo menos, três fábricas na Alemanha e um corte universal de 10 por cento nos salários dos trabalhadores, segundo o principal líder sindical da empresa alemã. A medida faz parte de um plano para reduzir custos, numa altura em que a empresa está a enfrentar uma queda na procura devido à forte concorrência vinda sobretudo da China. A medida, diz a imprensa alemã, não afetará a fabrica nem os trabalhadores de Palmela. 

Comentários