Barreiro: Mais um caso de violência em escola choca a comunidade

Suspenso por 10 dias o aluno de 13 anos que agrediu um colega em escola

Foi suspenso preventivamente por 10 dias o aluno de 13 anos que agrediu violentamente um colega à saída da Escola Básica e Secundária de Santo António, no Barreiro. A decisão foi confirmada pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação, que também anunciou a abertura de um processo disciplinar. O caso, que ocorreu na passada terça-feira, só se tornou público após a divulgação do vídeo da agressão nas redes sociais, provocando uma onda de indignação.
Outro caso de agressão registado em menos de uma semana

De acordo com fontes do Ministério da Educação, foi oferecido apoio psicológico à vítima, mas o encarregado de educação optou por não aceitar. 
A direção da escola tomou conhecimento do incidente através do envio do vídeo para o email institucional, o que levou a uma rápida intervenção da GNR/Escola Segura. As autoridades deslocaram-se imediatamente ao local para identificar os envolvidos e tomar as medidas necessárias.
Este episódio surge dias depois de um outro caso semelhante ocorrido na Escola Básica 2/3 Fragata do Tejo, na Moita. No incidente, um aluno diagnosticado com uma perturbação do espectro autista foi agredido violentamente, também enquanto outros estudantes filmavam sem intervir.
No Barreiro, a cena repetiu-se: estudantes assistiram passivamente à agressão, com excepção de um aluno que, no vídeo, pede ao agressor que pare, questionando a violência. De pouco serviu porque o agressor continuou a dar socos ao colega. 
A GNR confirmou que um dos envolvidos já estava sinalizado junto da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Palmela, e o caso foi remetido para o Tribunal de Família e Menores, bem como para o Departamento de Investigação e Ação Penal da Moita.
A falta de intervenção por parte dos colegas, o uso recorrente das redes sociais para expor e viralizar estas situações e a ausência de uma vigilância mais atenta das polícias, professores e auxiliares são fatores alarmantes. Não se trata de "brincadeiras de mau gosto", mas de agressões que deixam marcas psicológicas profundas nas vítimas.

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