Chuva provocou inundações em Setúbal, Seixal e Almada

Capital do distrito sem grandes problemas e 34 desalojados na Amora e Costa de Caparica 

Os bombeiros sapadores registaram mais de três dezenas de ocorrências na cidade de Setúbal devido à chuva forte desta quarta-feira de manhã, mas grande parte dos problemas estão resolvidos, disse o comandante da corporação. “A chuva forte que se abateu sobre a cidade durante 15/20 minutos provocou muitas ocorrências em diversas zonas da cidade. O Comando Distrital de Bombeiros decidiu enviar para Setúbal reforços dos bombeiros voluntários de Pinhal Novo, Palmela e Sesimbra e uma equipa da Força Especial de Bombeiros da GNR”, disse à Lusa o comandante dos sapadores de Setúbal, Paulo Lamego. No Seixal, 34 pessoas estão sem casa. Na Costa de Caparica, a chuva fez cair pedras de uma arriba junto às casas, mas os moradores recusam-se a abandonar o local.
O distrito de Setúbal também não fugiu ao mau tempo

Segundo Paulo Lamego, registaram-se “várias inundações da via pública e mais de três dezenas de ocorrências, mas as situações mais complicadas foram as inundações que ocorreram em algumas caves e garagens”.
A chuva provocou ainda alguns problemas em diversas artérias da cidade, mas estão todos resolvidos ou em vias de resolução, dado que precipitação coincidiu com a baixa-mar no estuário do Sado, acrescentou.
Relativamente aos problemas registados na via pública, os casos mais graves ocorreram no túnel do Quebedo, obrigando à interrupção temporária da circulação rodoviária.
Na avenida Alexandre Herculano e na avenida Luísa Todi também houve acumulação de água, em parte devido ao entupimento de sarjetas, a exemplo do que aconteceu em muitas outras zonas da cidade.
A cidade de Setúbal tem desde há alguns anos uma grande baía de retenção na zona da várzea, que faz a contenção de águas pluviais provenientes da serra de Palmela, reduzindo de forma significativa a dimensão e o grau de destruição provocado pelas inundações em diversas zonas da cidade.
Até às 13 horas, a Proteção Civil Municipal não tinha nenhuma informação de danos pessoais resultantes da chuva forte e das inundações que ocorreram em diversas zonas da capital do distrito de Setúbal.
Na terça-feira, a chuva intensa e persistente causou mais de três mil ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.
17 pessoas ficaram desalojadas na Amora, no concelho do Seixal, depois de as suas habitações terem sido inundadas na sequência da forte precipitação, disse fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal. Quatro habitações ficaram inundadas na zona do Muxito, entre a Cruz de Pau e a baixa de Corroios.
Segundo o CDOS, no distrito de Setúbal foram registadas 196 ocorrências, com especial incidência nos concelhos de Almada e Seixal.
17 pessoas foram retiradas da localidade da Banática, por precaução, disse à Lusa a presidente da Câmara de Almada. 
Segundo Inês de Medeiros, perante a possibilidade de um desabamento na zona, a Proteção Civil municipal, que tem estado no terreno a avaliar as ocorrências, decidiu que seis agregados familiares, num total de 17 pessoas, tinham de ser retirados da Banática, uma localidade da freguesia da Caparica.
"Por causa da possibilidade de desabamento de vertentes e por uma questão de precaução, a Proteção Civil notificou as pessoas", explicou a presidente da Câmara de Almada, adiantando que todos tinham resposta familiar de alojamento.
Além destes casos de saída obrigatória, outros moradores foram aconselhados a sair das suas habitações e a encontrar uma outra solução provisória. Muitos recusaram deixar as suas casas.  A decisão da Proteção Civil surgiu após a queda de uma pedra da arriba sobre dois carros.

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