Palmela, Sesimbra e Setúbal com planos para adaptação às Alterações Climáticas

Estudo divulgado em Março revela que as praias da Arrábida vão desaparecer até final deste século 

A criação de estratégias locais é o objetivo dos Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas da Arrábida, dos municípios de Palmela, Sesimbra e Setúbal, que propõem “224 medidas e 520 ações”, foi anunciado pelas autarquias.  “Estes três planos são únicos no país, não só pela metodologia inovadora que o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território usou, com uma abordagem à escala municipal, mas também porque grande parte das 224 medidas e 520 ações propostas, foram desenvolvidas numa ação de base junto da comunidade”, afirmou o professor José Carlos Ferreira, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova. A inundação e alagamento estuarinos, com a previsão de a água do Sado vir um dia a chegar à Baixa de Setúbal, e a “tendência para o desaparecimento das praias da Arrábida”, resultante da subida do nível médio das águas do mar são os fatores de maior risco até final deste século. O programa ambiental financiado pela Islândia, Liechtenstein e Noruega visa promover uma maior resiliência às alterações climáticas. 
Alterações climáticas podem mudar a região 

“Isto só foi possível fazer através de um processo de envolvimento ativo da comunidade, ou seja, de cada um dos grupos de atores, desde o empresário, agricultor, o pescador, enfim, quem quis participar, para além das equipas técnicas de cada um dos três municípios”, acrescentou José Carlos Ferreira
Estas declarações foram feitas durante uma apresentação dos planos locais de adaptação às alterações climáticas, nas instalações da Agência de Energia e Ambiente da Arrábida (ENA), em Setúbal.
A criação de estratégias locais é o objetivo dos Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas da Arrábida, dos municípios de Palmela, Sesimbra e Setúbal, que propõem “224 medidas e 520 ações”, foi anunciado no final da semana passada
“Estes três planos são únicos no país, não só pela metodologia inovadora que o Instituto de Geografia, e Ordenamento do Território usou, com uma abordagem à escala municipal, mas também porque grande parte das 224 medidas e 520 ações propostas, foram desenvolvidas numa ação de base junto da comunidade”, afirmou o professor José Carlos Ferreira, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova.
Os principais perigos climáticos que podem afetar os concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra até ao final do século foram apresentados numa ação de apoio à construção dos Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas, em Março deste ano.  E os resultados foram claros: a inundação e alagamento estuarinos, com a previsão de a água do Sado vir um dia a chegar à Baixa de Setúbal, e a “tendência para o desaparecimento das praias da Arrábida”, resultante da subida do nível médio das águas do mar são riscos que Setúbal [o mais afetado], Sesimbra e Palmela têm de enfrentar e tomar medidas da adaptação. Os dias de calor excessivo vão subir de 10 para 44 dias nos próximos anos. 

Agência de Notícias com Lusa 

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