Setúbal sai à rua contra o caos da Carris Metropolitana

Autarquia já procura alternativas de transporte escolar rodoviário devido às deficiências do serviço

Falta de autocarros e motoristas, horários não cumpridos, passageiros que ficam horas à espera nas paragens. A situação agravou-se com o início do ano escolar e a autarquia apela ao protesto nas ruas este sábado, 1 de Outubro, contra o "mau serviço" da empresa Alsa Todi. “A empresa não está em condições de operar, de colocar o sistema a funcionar”, constatou André Martins, presidente da Câmara de Setúbal. “O contrato foi feito com a Transportes Metropolitanos de Lisboa, que já está a acionar os mecanismos previstos para que a empresa passe a operar como acordado. O problema é que a via administrativa e judicial não vai resolver o problema com a urgência necessária”, diz o autarca que já procura alternativas para as "amarelinhas".
Azeitão é a localidade mais afetada no concelho 

A Câmara de Setúbal já procura alternativas de transporte escolar rodoviário devido às deficiências do serviço prestado pela operadora local, anunciou o presidente André Martins em encontro realizado no dia 26 à noite com a população de Azeitão. “Estamos a trabalhar no processo de criar autocarros alternativos para transporte escolar e, em especial, em Azeitão. Percebemos a urgência do problema, mas não é uma solução fácil”, afirmou o autarca em sessão pública na Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, em Vila Nogueira, no âmbito de encontros nas freguesias para debate sobre a qualidade do transporte rodoviário de passageiros assegurado pela empresa Alsa Todi.
A vice-presidente Carla Guerreiro, que detém o pelouro da Educação, adiantou que o Executivo municipal se reuniu “várias vezes com todos os diretores de escolas e de agrupamentos do concelho e transmitiu as necessidades de transportes escolares à empresa, que garantiu que os iria assegurar”, algo que “não veio a verificar-se”.
A autarca garantiu que o município, munido com quatro autocarros escolares e que já se encontram com agendas totalmente preenchidas, está “a consultar várias empresas privadas para garantir o serviço de transportes escolares em falta”, mas referiu que estas “não estão neste momento em condições de dar resposta às necessidades do concelho”.

Setúbal sai à rua contra o caos da Carris Metropolitana
Autarcas já procuram alternativas 
Esta foi a terceira sessão de um conjunto de cinco que a Câmara de Setúbal está a realizar com a população em todas as freguesias para debater a qualidade do serviço de transportes públicos prestados no concelho pela operadora Alsa Todi desde 1 de Junho, altura em que entrou em funcionamento a nova Carris Metropolitana.
O presidente e a vice-presidente estiveram acompanhados no encontro dos vereadores Rita Carvalho, Carlos Rabaçal e Pedro Pina, além da presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, Sónia Paulo.
“A empresa não está em condições de operar, de colocar o sistema a funcionar”, constatou André Martins. “O contrato foi feito com a Transportes Metropolitanos de Lisboa, que já está a acionar os mecanismos previstos para que a empresa passe a operar como acordado. O problema é que a via administrativa e judicial não vai resolver o problema com a urgência necessária”. 
Nestes encontros, o executivo municipal está a convidar a população a participar numa concentração no dia 1 de Outubro, sábado, a partir das 10h30, na Praça do Vitória Futebol Clube, [junto ao estádio do Bonfim], para que expresse publicamente a insatisfação sentida pelo serviço.
A vereadora Rita Carvalho, com o pelouro da Mobilidade, reforçou que a “manifestação é uma medida adicional”, uma vez que a Alsa Todi “já está a ser penalizada, pois não recebe o que devia por não estar a fazer os quilómetros esperados e pelos quais deveria ser paga, sendo que também já está a ser alvo de multas”.
O presidente André Martins adiantou que são realizadas reuniões técnicas semanais com a empresa, entre outras, nas quais a Câmara Municipal tem transmitido, desde o primeiro momento, as necessidades, preocupações e reclamações pelo serviço que, “constantemente, defrauda as expectativas da população”, ao que a resposta é o adiamento consecutivo da resolução.
Com a concentração popular agendada para 1 de outubro, o autarca espera “pressionar a empresa, protestando com a qualidade do serviço e, principalmente, colocar em causa o seu bom nome, o que a irá prejudicar e fazer pensar duas vezes quando quiser participar noutros concursos públicos”.

Agência de Notícias 

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