Estrada Nacional 252 com reabertura em Março no Pinhal Novo

Com as obras da Ribeira da Salgueirinha "em bom ritmo" a estrada nacional reabre dentro de um mês 

A obra de Regularização da Ribeira da Salgueirinha, no Pinhal Novo, continua a decorrer em diversas frentes de trabalho. Na passagem hidráulica sob a EN 252 foi concluída a "betonagem das zonas de transição e decorrem, agora, os 28 dias de cura do betão", período após o qual serão executadas as camadas de sub-base, base e desgaste na faixa de rodagem. Após a fiscalização dos trabalhos, refere a Câmara de Palmela em comunicado enviado à ADN-Agência de Notícias, "prevê-se que a estrada seja reaberta ao trânsito em Março".  
Obras da Ribeira da Salgueirinha prosseguem no terreno 

De acordo a autarquia, trata-se de "uma empreitada de grande complexidade, pela sua dimensão, técnicas construtivas e porque depende de outras entidades para desvio de infraestruturas enterradas, postes de média tensão e licenciamento da obra". 
Acresce que as obras em geral, "vivem momentos difíceis, com atrasos no fornecimento de materiais e falta de pessoal, agravados pelo avanço da pandemia". A esses problemas juntaram-se as "fortes chuvadas" do final de Outubro que "atrasaram ainda mais" as obras no terreno.    
O novo atravessamento na Estrada Nacional 252 tem como "objetivo evitar a concentração de água e inundações, que ocorrem sempre em situações de grande pluviosidade, as quais tendem a agravar-se devido às alterações climáticas", lembra a autarquia. Esta obra vai "garantir a segurança de pessoas e bens dos moradores, empresas e utilizadores daquela via". 
A Regularização da Ribeira da Salgueirinha é "uma obra pública muito impactante, de grandes dimensões mas de uma enorme valia ambiental", explica ainda a autarquia que, juntamente com as populações, reivindicavam a obra há mais de 30 anos, pelo menos.  
"Esta intervenção, que irá prevenir inundações na vila de Pinhal Novo, contribuirá para a melhoria da segurança rodoviária, requalificará a paisagem e beneficiará o ecossistema, com um melhor funcionamento hidráulico e o aumento progressivo da fauna e plantas autóctones", conclui a nota de imprensa da Câmara de Palmela.  
Entretanto, a obra está a decorrer noutras frentes de trabalho, encontrando-se executada em "mais de 80 por cento", garante o município. 
A empreitada, complexa, mas de grande mais-valia ambiental, abrange cerca de cinco quilómetros, 12 atravessamentos hidráulicos, com diversos métodos construtivos e depende de muitas entidades. Recorde-se, ainda, que a sua execução tem em conta os ciclos de reprodução das plantas e dos animais, possui acompanhamento arqueológico e implica o atravessamento de múltiplos obstáculos.
O município está a "desenvolver todos os esforços para acelerar, o mais possível, a obra, pedindo, desde já, desculpa pelos incómodos, na certeza de que estes serão compensados pelos benefícios, tendo em conta o atual contexto de alterações climáticas", conta a Câmara de Palmela.  

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