Comunistas querem tirar aeroporto da capital para o levar para o campo de tiro de Alcochete
O secretário-geral do PCP acusou, nesta terça-feira, o PS de inventar a opção "Montijo mais um", a propósito da expansão do aeroporto de Lisboa, para disfarçar o "prejuízo para a cidade" desta escolha e por recear perder votos. "O prejuízo para a cidade de Lisboa desta opção é tão grande, que PS e Fernando Medina [autarca da capital], temendo perder votos, inventaram uma daquelas frases que só servem para enganar quem quer ser enganado: a opção que está a ser construída não seria, como é, Portela mais, mas seria antes a do Montijo mais um", disse Jerónimo de Sousa, durante uma sessão sobre o novo aeroporto da capital, em Alvalade, uma das freguesias que está na rota de aterragem do Aeroporto Humberto Delgado.O dirigente comunista considerou que os socialistas estão a tentar impingir a ideia de que "o Aeroporto Humberto Delgado irá ser transferido progressivamente para a Base Aérea Nº6", no Montijo (distrito de Setúbal), "como se o Rossio coubesse na Rua da Betesga" - uma das ruas mais pequenas de Lisboa.
Para o PCP, prosseguiu o secretário-geral, a única hipótese viável é a "progressiva transferência do aeroporto da Portela, para um novo aeroporto de Lisboa, construído por fases, nos terrenos públicos do Campo de Tiro de Alcochete".
Jerónimo de Sousa acrescentou que a construção do novo aeroporto de Lisboa é "uma obra cujas estimativas de custos e de construção, não empoladas, se situam entre os dois e três mil milhões de euros".
"E uso o termo `empoladas` porque o Governo PS, para justificar a sua submissão à multinacional, em cada declaração pública que faz, aumenta mais uns milhares de milhões o custo do novo aeroporto", completou.
Já a "simplicidade da solução, que sempre esteve ao alcance do país", sustentou, ou seja, a utilização faseada dos recursos, "desapareceu quando a ANA foi privatizada". Por isso, o PCP só vê como caminho o regresso da ANA para a esfera pública.
O candidato da CDU à Câmara de Lisboa e antigo eurodeputado comunista João Ferreira também esteve presente na cidade e colocou a discussão do futuro do aeroporto da capital como um dos temas da campanha para as autárquicas.
"Não há discussão séria sobre o presente e o futuro da cidade de Lisboa, sobre o pensamento estratégico desse futuro, que possa ignorar a questão do aeroporto. Do futuro do aeroporto depende, em grande medida, o futuro da própria cidade. Esta constatação faz deste um tema incontornável nas próximas eleições autárquicas. Incontornável, mas incómodo, para quem não tem uma visão estratégica, nem a capacidade, nem a vontade política, para propor e concretizar uma solução que liberte Lisboa deste fardo insuportável", sublinhou.
Para o PCP, prosseguiu o secretário-geral, a única hipótese viável é a "progressiva transferência do aeroporto da Portela, para um novo aeroporto de Lisboa, construído por fases, nos terrenos públicos do Campo de Tiro de Alcochete".
Jerónimo de Sousa acrescentou que a construção do novo aeroporto de Lisboa é "uma obra cujas estimativas de custos e de construção, não empoladas, se situam entre os dois e três mil milhões de euros".
"E uso o termo `empoladas` porque o Governo PS, para justificar a sua submissão à multinacional, em cada declaração pública que faz, aumenta mais uns milhares de milhões o custo do novo aeroporto", completou.
Já a "simplicidade da solução, que sempre esteve ao alcance do país", sustentou, ou seja, a utilização faseada dos recursos, "desapareceu quando a ANA foi privatizada". Por isso, o PCP só vê como caminho o regresso da ANA para a esfera pública.
O candidato da CDU à Câmara de Lisboa e antigo eurodeputado comunista João Ferreira também esteve presente na cidade e colocou a discussão do futuro do aeroporto da capital como um dos temas da campanha para as autárquicas.
"Não há discussão séria sobre o presente e o futuro da cidade de Lisboa, sobre o pensamento estratégico desse futuro, que possa ignorar a questão do aeroporto. Do futuro do aeroporto depende, em grande medida, o futuro da própria cidade. Esta constatação faz deste um tema incontornável nas próximas eleições autárquicas. Incontornável, mas incómodo, para quem não tem uma visão estratégica, nem a capacidade, nem a vontade política, para propor e concretizar uma solução que liberte Lisboa deste fardo insuportável", sublinhou.
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