Península de Setúbal tem mais 29 mil habitantes, Barreiro perde população

Palmela, Alcochete e Montijo ganharam habitantes nos últimos anos

O Barreiro foi o único concelho a perder população residente na Península de Setúbal, que regista um aumento da população de 3,8 por cento (mais 29 mil 290 habitantes), passando de 777 mil 399 residentes em 2011 para os atuais 808 mil 689 residentes em 2021. De acordo com os dados dos Censos de 2021 divulgados, nesta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Barreiro tem menos 462 pessoas residentes (-0,5 por cento) do que há 10 anos, passando de um total de 78 mil 764 pessoas em 2011 para as atuais 78 mil 362 residentes naquele concelho da zona ribeirinha do Tejo. Palmela, Alcochete e Montijo foram os que mais "cresceram" em número de habitantes. A nível nacional, o país tem menos população e há mais de meio milhão de mulheres do que homens. 
Concelho de Palmela é o que mais cresce no distrito 

Segundo os dados sobre a variação da população residente nos últimos 10 anos, entre 2011 e 2021, no polo oposto, com maior aumento da população residente, de cerca de nove por cento, estão os municípios de Alcochete, do Montijo e de Palmela.
Alcochete teve um aumento da população de 1579 residentes (nove por cento), passando de uma população de 17 mil 569 pessoas, em 2011, para as atuais 19 mil 148, tal como o município do Montijo, que passou de 51 mil 222 residentes para os atuais 55 mil 732, o que significa que tem mais quatro mil 510 pessoas (aumento de 8,8 por cento) face aos censos de 2011.
Palmela foi o concelho da Península de Setúbal que registou o maior aumento da população residente nos últimos 10 anos, passando de 62 mil 831 residentes em 2011 para os atuais 68 mil 879, o que representa um acréscimo de mais  seis mil 048 habitantes (9,6 por cento).
Acima do aumento médio nos nove municípios da Península de Setúbal, que foi de 3,8 por cento, estão também os municípios do Seixal, com um aumento da população residente de seis por cento e de Sesimbra, com 5,3 por cento.
A crescer, mas pouco, está também o concelho da capital do distrito, Setúbal, que tem mais  dois mil 499 habitantes (2,1 por cento) do que há 10 anos, passando de 121 mil 185 para os atuais 123 mil 684 residentes.
Abaixo dos dois por cento estão os concelhos de Almada (1,9 por cento), Moita (0,4 por cento) e o concelho do Barreiro, que apresenta uma taxa negativa de crescimento (-0,5 por cento) e que, na última década, foi o único município que perdeu habitantes na Península de Setúbal.
Portugal tem 10 milhões 347 mil 892 residentes, menos 214 mil 286 do que em 2011, segundo os resultados preliminares dos Censos 2021, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.
Trata-se de uma quebra de dois por cento relativamente a 2011, consequência de um saldo natural negativo (-250 mil 066 pessoas, segundo os dados provisórios).
O saldo migratório, apesar de positivo, não foi suficiente para inverter a quebra populacional, segundo o INE, que sublinha que, em termos censitários, a única década em que se verificou um decréscimo populacional foi entre 1960 e 1970.
Os dados preliminares mostram que há em Portugal quatro milhões 917 mil 794 homens (48 por cento) e cinco milhões 430 mil 098 mulheres (52 por cento).
O Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa foram as únicas regiões que registaram um crescimento da população nos últimos 10 anos.


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