Construção da central solar de Rio Frio arranca em 2024

Projeto promete energia verde, criação de emprego e requalificação viária

O município de Palmela e a Logz - Atlantic Hub, assinaram um protocolo de cooperação para a construção da Central Solar de Rio Frio. "Para além das mais-valias ambientais, a expetativa é de que o projeto contribua para a criação de emprego a nível local e para a beneficiação da rede viária na zona envolvente", disse Álvaro Amaro, presidente da Câmara de Palmela. O investimento, diz o administrador da antiga plataforma logística, trará a "criação de emprego qualificado e de empresas complementares associadas à eficiência energética". O investimento é superior a 200 milhões de euros. O concelho de Palmela está a transformar-se na "capital dos painéis solares". Além desse investimento, estão previstos outros megaprojetos em Algeruz, Poceirão, Pinhal Novo e Quinta do Anjo. 
Mais um estação fotovoltaica apresentada em Palmela

Para o desenvolvimento deste projeto, foi estabelecida uma parceria entre a Logz (empresa participada da Mota-Engil) e o EcoDev Group, do Reino Unido. 
A Central vai ser construída num terreno com uma área de 262 hectares, propriedade da plataforma, em Rio Frio, Poceirão, e o início da exploração está previsto para 2024. Terá uma potência total instalada de cerca de 200 MW e uma capacidade de armazenamento de energia de cerca de 100 MW/hora. A ligação à rede elétrica será feita através da subestação de Palmela.
O presidente do município, Álvaro Amaro, realçou que este projeto será "uma mais-valia para o município e para o país" e "vem ao encontro das opções estratégicas do município em matéria de sustentabilidade e das metas estabelecidas no pacto dos autarcas". 
Nesta área, a autarquia está a desenvolver vários projetos, "mas nenhum atinge esta dimensão", referiu.
Álvaro Amaro destacou aspetos importantes como o privilégio que será dado à mão de obra local, gerando emprego, e o compromisso da empresa de beneficiar as infraestruturas viárias de acesso à Central. "Tudo continuaremos a fazer para que os prazos possam decorrer com perfeita normalidade", garantiu.
No entanto, a criação de emprego será temporária. Já que, como disse o autarca, prevê-se a contratação de "umas dezenas largas na área da construção" bem como para "a manutenção do espaço", embora neste último caso "em número mais reduzido", lembra Álvaro Amaro. 
Vítor Paulo Pinho, administrador da Logz, explicou que este projeto pretende "contribuir para a concretização do Plano de Ação para a Energia Sustentável do Concelho de Palmela". Mas a sua dimensão vai além dos benefícios ambientais, já que se espera que promova também a "criação de emprego qualificado e de empresas complementares associadas à eficiência energética". 
O administrador manifestou ainda a disponibilidade da empresa para participar no programa municipal 'Mecenas de Palmela' e em ações no concelho, no âmbito da sua responsabilidade social.
Em Junho último, a autarquia já havia promovido a apresentação de outras três centrais fotovoltaicas – em Algeruz, Poceirão e Pinhal Novo – a construir pela empresa suíça Smartenergy, num investimento de mais de 83 milhões de euros. Dias antes já havia sido lançada a primeira pedra da Central Fotovoltaica da Quinta do Anjo, que ascende a 35 milhões de euros, da responsabilidade da NextEnergy Capital.

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