Governo proíbe circulação de e para a Península de Setúbal e distrito de Lisboa

10 concelhos (incluindo Lisboa) não avançam no desconfinamento, Sesimbra está na “zona vermelha”

Entre as 15 horas de sexta-feira e as seis da manhã de segunda-feira, embora se possa circular entre os 18 municípios que compõem os distritos de Setúbal e Lisboa [Área Metropolitana de Lisboa], não se pode entrar neles vindo de fora da região, nem sair dela. Dos 18 concelhos que compõem a Área Metropolitana de Lisboa, três recuam no desconfinamento e não acompanham a generalidade do país: Sesimbra [único em alerta vermelho], Lisboa, Sintra e Sesimbra. Todos os outros estão entre os 20 concelhos sob alerta das autoridades de saúde ao longo desta semana. A medida serve “para procurar conter aumento de incidência na Península de Setúbal e no distrito de Lisboa”, explicou a ministra da Presidência Mariana da Silva.
Proibido sair e entrar na Área Metropolitana de Lisboa

O aumento de casos de covid-19 em Portugal traz novas medidas já esta tarde: proibição de circulação de e para a Área Metropolitana de Lisboa, que vigorará entre as 15 horas de sexta-feira até às seis da manhã de segunda-feira. 
Ou seja, os cidadãos de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira estão impedidos de se deslocar durante esse período para outros concelhos fora da Área Metropolitana de Lisboa, enquanto quem se encontrar noutras regiões do país ficará também proibido de viajar até um dos 18 concelhos da península de Setúbal e do distrito de Lisboa. Objetivo é "evitar a expansão da situação epidemiológica na zona para outras regiões", disse a ministra da Presidência. 
Apesar de não serem permitidas entradas e saídas na Área Metropolitana de Lisboa durante ao fim-de-semana, a circulação entre os concelhos inseridos nesta área não está proibida, explica Mariana Vieira da Silva.
“Como podem verificar pelos dados, em toda a Área Metropolitana existe um alto crescimento. Durante este período, a existência de uma fiscalização em cada concelho é mais difícil. O nosso objetivo já não é [impedir] essa transmissão entre concelhos, que já está muito elevada, é controlar o que ainda está fora dessa área metropolitana”, explica a responsável.
O elevado número de casos este mês impulsionou esta tomada de decisão. De acordo com a ministra a “prevalência maior da variante Delta”, ou seja, a variante indiana, pode ajudar a explicar aumento de casos em Lisboa. Ainda assim, admite que “é difícil a explicação e tomada destas medidas mas é condição que nos pareceu fundamental para não fazer alastrar ao país a situação que se vive em Lisboa”.

Um distrito em situação de alerta
Sesimbra é o concelho mais preocupante 
Para além destes que recuam, existem, neste momento, 20 concelhos em estado de alerta. São eles: Alcochete, Águeda, Almada, Amadora, Barreiro, Grândola, Lagos, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Sardoal, Seixal, Setúbal, Sines, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira
Por sua vez, Alcanena, Parede de Coura, Santarém e Vale de Cabra conseguiram recuperar e vão avançar para a próxima fase.
Segundo Mariana Vieira da Silva, a situação epidemiológica atual do país “afasta-se claramente da zona verde” o que significa que a 24 de Junho, quando estava prevista nova fase de desconfinamento, “ela muito dificilmente” se poderá concretizará. Citando os dados da Direção-Geral da Saúde, o Rt, ou o risco de transmissão, encontra-se 1,13 e a incidência a 90,5 por 100 mil habitantes.

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